Qual o impacto do “apagão” do eclipse na energia?
De costa a costa nos Estados Unidos, o Sol foi escondido pela Lua e os painéis solares produziram energia como se fosse de noite. Qual o impacto deste grande teste à energia nos EUA?
O eclipse total que atravessou os Estados Unidos assustou mas não fez tremer a produção e distribuição energética nos Estados que mais dependem da energia solar. Qual o balanço? “Foi um testamento à capacidade dos nossos operadores de gerir quedas e subidas drásticas na produção de energia solar na rede energética mais ligada à parte solar do país”, disse a porta-voz da grelha californiana ao portal especializado Axios.
Já a Bloomberg tinha descrito o eclipse como “um bom dia para ter uma central de produção de energia elétrica a gás natural”. Porquê? O eclipse solar total atravessou todos os Estados Unidos de ponta a ponta, desde a sua costa oeste à este, deixando deficiências graves na produção em centrais de energia solar pelo país fora.
Como o eclipse estava já previsto com ampla antecedência, os Estados tinham-se preparado da maneira que podiam, escolhendo outras fontes de energia para manter acesas as luzes e ligados os frigoríficos de ponta a ponta dos Estados Unidos. Não se antevia, assim, que houvesse falhas no fornecimento, mas apenas que fontes de energia como o gás natural, a energia nuclear e o carvão, por exemplo, fossem utilizados em vez dos painéis que tanto dependem do sol, que produziriam a mesma energia que conseguem juntar durante a noite — muito pouca.
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Para os fornecedores de energia nos Estados Unidos, este eclipse que atravessou todo o país foi considerado o primeiro teste a larga escala de como os sistemas de fornecimento podem gerir a transferência para outras fontes quando necessário, agora que as energias renováveis ganham destaque.
Para Steve Greenlee, porta-voz do California Independent System Operator (CISO), que controla o direcionamento da energia no Estado da Califórnia, o teste é de uma magnitude sem precedentes. “Já tinha sido testado antes”, afirmou à Reuters, “mas nunca a esta magnitude”.
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Tendo o eclipse atravessado o estado da Califórnia, a diretora executiva do CISO disse à Bloomberg que o sistema perdeu menos energia do que o esperado — cerca de 3.400 megawatts, em vez dos 4.600 megawatts que se previam. “Correu muito, muito bem”, disse Eric Schmitt, vice-presidente do CISO.
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