Oi: Obrigacionistas têm proposta de reestruturação
Os obrigacionistas apresentam a proposta de reestruturação após o conselho de administração ter aprovado um aumento de capital de 2,2 mil milhões de euros para a recuperação da empresa.
Os principais credores de títulos da dívida da operadora brasileira Oi firmaram um acordo para apresentar uma proposta alternativa de reestruturação da empresa. A injeção de capital que propõem é de 810 milhões de euros, inferior à recentemente aprovada pelos acionistas.
A informação foi divulgada num comunicado conjunto emitido pelos dois maiores grupos de ‘bondholders’ (detentores de títulos de dívida em dólares) da Oi na quarta-feira à noite, que são representados pela consultoria G5/Evercore e pelo banco Moelis. Juntos, estes dois grupos, possuem cerca 22,6 mil milhões de reais da dívida (6,1 mil milhões de euros) em ‘bondholders’ da Oi, o que totaliza aproximadamente 32 mil milhões de reais (8,6 mil milhões de euros).
As principais propostas citadas no plano de reestruturação dos credores são a injeção de capital, no valor de três mil milhões de reais (810 milhões de euros), e a intenção de trocar 26 mil milhões de reais (7 mil milhões de euros) de títulos da dívida da empresa por uma fatia de 88% da Oi já reestruturada. Os credores afirmaram que esta proposta conjunta é “um marco importante, na medida em que os grupos de credores Oi acreditam que é a primeira estrutura que garante o apoio da maioria dos principais grupos de credores”.
Consideram também que o novo plano pode proporcionar “um caminho para uma potencial solução consensual acerca das reivindicações existentes e o ressurgimento bem-sucedido da Oi” como uma empresa “bem capitalizada, viável e forte no setor de telecomunicações brasileiro”.
A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado por não conseguir negociar um total de 65,4 mil milhões de reais (19,6 mil milhões de euros) em dívidas. Atualmente a Pharol SGPS, antiga Portugal Telecom, é acionista de referência da operadora brasileira, já que detém 27% de suas ações.
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