Leonardo Mathias: Venda do Novo Banco e da PT “é inevitável”
A Lone Star e a Altice vão vender o Novo Banco e a PT, respetivamente, entre cinco e sete anos, estima o ex-secretário de Estado da Economia. Fundos são "oportunistas", mas "cumprem um papel", diz.
O ex-secretário de Estado de Pires de Lima, então ministro da Economia, projeta que os fundos de investimento Lone Star e Altice vão vender os ativos adquiridos em Portugal nos próximos anos. É o caso do Novo Banco — venda ainda a confirmar — e da PT, mas também da Media Capital, caso se confirme o negócio entre a Altice e a Prisa. Em entrevista ao Público publicada esta segunda-feira, Leonardo Mathias admite que estes fundos são “oportunistas”, mas “cumprem um papel”, desde que sigam a legislação e sejam supervisionados.
“Exatamente por não serem empresas dos setores onde investem, [os fundos] têm estratégias e prazos de saída, pelo que é inevitável que, tanto o Lone Star como a Altice, a cinco anos ou a sete anos estejam vendedores do Novo Banco e da PT”, afirmou o ex-secretário de Estado da Economia, assinalando que tanto a Altice como a Lone Star são atraídos por ativos que estejam espalhados em várias geografias, aproveitando-se das “economias de escala”.
Questionado sobre a venda do Novo Banco, que tem 15% da quota de mercado em Portugal, Mathias disse que “gostaria” de viver noutra realidade. Contudo, perante o “arrumar a casa” dos bancos, que estão a resolver os seus problemas internos, estes não estão disponíveis para fazer aquisições. “E, então, aparecem estes investidores [fundos de private equity] mais oportunistas, mas que cumprem um papel“, conclui o ex-governante.
É inevitável que, tanto o Lone Star como a Altice, a cinco anos ou a sete anos estejam vendedores do Novo Banco e da PT.
Leonardo Mathias argumenta que os fundos “desempenham um papel muito importante do ponto de vista macroeconómico porque se substituem a investidores sem disponibilidade”. Contudo, reconhece que o objetivo destes fundos é “maximizar o capital num período curto de tempo”. “Através de custos de financiamento mais baixos, de uma gestão mais agressiva e mais moderna e de economias de escala, estão em melhores condições para rentabilizar as aplicações”, explica.
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