UE daria fundos à Hungria para fronteiras mas não para muros
"Não financiamos muros", explicitou o porta-voz da Comissão Europeia quando mencionou que Bruxelas estuda dar mais dinheiro - cerca de 400 milhões de euros - à Hungria para gerir as suas fronteiras.
A Comissão Europeia esclareceu esta sexta-feira que vai analisar o pedido feito pelo Governo húngaro de cerca de 400 milhões de euros como compensação por metade das despesas que o país tem tido na patrulha das suas fronteiras, usadas por muitos dos migrantes que procuram entrar na Europa através do oriente, mas que não servirão para muros.
De acordo com a Reuters, a Hungria fortificou as suas fronteiras com a Croácia e a Sérvia com muros, e aumentou a patrulha dessas fronteiras. Defende, assim, que tem ajudado a impedir a entrada de migrantes na União Europeia de forma ilegal. No entanto, escreve a agência noticiosa, a Comissão Europeia respondeu que o primeiro-ministro Viktor Órban pede “solidariedade” à União Europeia sem a mostrar, já que o país ainda não recebeu um único refugiado no âmbito do plano europeu para aliviar os fardos da Grécia e da Itália.
O porta-voz da Comissão Europeia Alexander Winterstein disse esta sexta-feira que a Comissão iria analisar o pedido da Hungria. No entanto, acrescentou: “Não vamos financiar a construção de muros ou barreiras nas fronteiras exteriores. Apoiamos a gestão fronteiriça nas fronteiras externas [da União Europeia], o que pode ser com medidas de vigilância, pode ser com equipamento. Mas muros, não financiamos”.
E Winterstein deixou ainda um recado a Viktor Órban: “Tomamos nota de que o Governo húngaro se apercebe agora de que a solidariedade é um princípio importante da União Europeia”.
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