Incêndios: Autoridades detiveram quase 130 pessoas este ano

  • Lusa
  • 5 Setembro 2017

O número de pessoas detidas pelo crime de incêndio florestal aumentou 75% face ao ano passado. Ou seja, foram detidas mais 73 pessoas pelas autoridades quando comparado com 2016.

As autoridades detiveram 128 pessoas pelo crime de incêndio florestal este ano, significando um aumento de 75% em relação a 2016, indica a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

“Até ao dia de hoje, as autoridades com competência nesta matéria têm 128 detidos, número bastante superior em relação a 2016, que eram 73”, disse esta terça-feira o comandante operacional nacional, Rui Esteves, numa conferência de imprensa sobre o ponto de situação dos incêndios rurais registados entre 29 de agosto e 4 de setembro e as expectativas para a próxima semana.

"Até ao dia de hoje, as autoridades com competência nesta matéria têm 128 detidos, número bastante superior em relação a 2016, que eram 73.”

Rui Esteves

Comandante operacional nacional

Segundo o comandante operacional nacional, registaram-se na última semana 439 incêndios florestais, que mobilizaram 2.605 veículos e 221 meios aéreos, sendo os distritos de Castelo Branco e Guarda os mais afetados.

Rui Esteves adiantou que ocorreu uma diminuição do número de incêndios durante os dias 29 de agosto e 4 de setembro em relação à semana anterior, ao registar-se menos 512 fogos. O mesmo responsável disse também que, na última semana, diminuíram os incêndios diurnos e aumentaram os que tiveram início durante a noite. Mas, apesar de mais de 90% dos incêndio registados entre julho e agosto terem sido dominados nos primeiros 90 minutos, a área ardida aumentou devido à severidade meteorológica, avançou Rui Esteves.

“Com mais 2.795 ocorrências em 2017 em relação a 2016, temos uma taxa de eficácia superior ao ataque inicial”, sustentou. Questionado sobre o aumento da área ardida este ano, o comandante operacional nacional referiu que “tem claramente a ver com a severidade meteorológica e a consequência nos incêndios florestais”, designadamente ventos fortes, humidades relativas baixas e grande quantidade de combustíveis e secos.

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