Pressionada pelo online, Toys R Us declara falência

  • Juliana Nogueira Santos
  • 19 Setembro 2017

A retalhista falhou na adaptação ao online e viu-se ultrapassada pela Amazon e pela Walmart. Agora apresenta um pedido de proteção contra credores.

A Toys ‘R’ Us, a mítica loja de brinquedos que fazia as delícias de miúdos e graúdos, declarou falência esta segunda-feira, apresentando um pedido de proteção contra credores. Incapaz de adaptar o seu negócio às novas plataformas e com 5.000 milhões de dólares em dívida a longo prazo, a empresa viu na falência a única solução.

Ainda que o processo tenha já sido entregue, a empresa não anunciou quaisquer planos de encerramentos de lojas, despedimentos ou mudanças no funcionamento normal da operações, tendo conseguido garantir 3.000 milhões de dólares de credores como o JP Morgan para manter as 1.600 lojas em funcionamento.

“Como qualquer retalhista, as decisões sobre o futuro das lojas vão continuar a ser tomadas com base no que faz mais sentido para o negócio”, afirmou, num email citado pela Bloomberg, o presidente da empresa, Michael Freitag. A retalhista, que era até então uma das maiores da indústria, falhou na adaptação ao online, com os seus principais concorrentes a passarem a ser as grandes cadeias como a Amazon e a Walmart.

O porta-voz em Portugal da empresa de brinquedos confirmou ao ECO, tal como avançou o Jornal de Negócios, que as lojas em Portugal não serão afetadas pelo pedido de insolvência sendo que este foi feito em território norte-americano.

A Toys R US junta-se assim às 23 empresas norte-americanas que já pediram proteção contra credores este ano, comparando com as 18 que apresentaram este pedido em 2016. A indústria dos brinquedos tem sofrido golpes fortes, com os grandes protagonistas a registarem pela primeira vez resultados negativos. Este é o caso da Lego que, no primeiro semestre do ano, registou uma quebra de 3% nos lucros, o que levou ao despedimento de 1.400 trabalhadores.

(Notícia atualizada às 13h35 com mais informação)

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