Euro volta a superar os 1,20 em dia de reunião da Fed
Depois de sete sessões a negociar abaixo dos 1,20 dólares, o euro voltou a superar este patamar. A moeda única está a valorizar no dia em que a Fed deve dar pistas sobre a redução do balanço.
O euro voltou a passar a barreira dos 1,20 dólares. Depois de sete sessões abaixo deste patamar, a moeda única está a acelerar no dia em que termina a reunião da Reserva Federal dos EUA. Os investidores devem manter-se cautelosos até ao final da tarde, quando Janet Yellen pode dar mais pistas sobre a redução do balanço e quando é que o banco central pode voltar a subir as taxas de juro.
A moeda única está a valorizar 0,12% para 1,2007 dólares, com os investidores à espera que a Fed sinalize uma subida dos juros em dezembro e dê pistas sobre o futuro da liderança do banco central, já que o mandato de Yellen está a terminar e depois de o vice-presidente da entidade, Stanley Fisher, ter abandonado o cargo no início deste mês por “razões pessoais”.
Euro valoriza em dia de decisão da Fed
Mas o foco está sobretudo virado para quaisquer declarações da presidente da Fed que sinalizem quando é que o banco central vai começar a reduzir o balanço. Isto depois de as minutas da reunião de julho terem mostrado que os responsáveis da Fed deixaram a porta aberta à possibilidade de ser anunciada uma data para este corte já em setembro. Sobre a evolução da inflação, o banco liderado por Janet Yellen continua cauteloso. Mas deve continuar a dizer que as taxas baixas da inflação são “temporárias”.
"O mercado está calmo à espera da reunião da Fed. Janet Yellen vai fazer uma conferência de imprensa e o comunicado pode dar algumas pistas sobre quais são os termos da desalavancagem do balanço.”
“O mercado está calmo à espera da reunião da Fed. Janet Yellen vai fazer uma conferência de imprensa e o comunicado pode dar algumas pistas sobre quais são os termos da desalavancagem do balanço”, afirma Bucky Hellwig, vice-presidente sénior da BB&T Wealth Management, à Reuters. “Há alguns receios entre os investidores em relação a como é que esta redução vai funcionar e como vai afetar as taxas de juro de longo prazo”, acrescenta.
Já Paul Gruenwald, economista-chefe para a região Ásia-Pacífico da S&P Global Ratings, considera que a Fed não deve surpreender o mercado. “Para que o mercado reaja, terá de ser surpreendido”, diz, mas isso não deve acontecer desta vez.
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