Taxas do crédito à habitação voltam a subir

  • Marta Santos Silva
  • 20 Setembro 2017

Há três anos que não subiam mas, depois de uma recuperação em julho, as taxas implícitas do crédito à habitação voltaram a subir um pouco em agosto.

As taxas de juro implícitas no conjunto dos créditos à habitação continuou num ligeiro aumento, ficando-se nos 1,014% em agosto, após ter registado 1,009% em julho, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). É o segundo mês em que esta taxa sobe, após três anos com tendência de queda. Já relativamente aos créditos concedidos nos últimos três meses, a taxa subiu 1,5 pontos base, de 1,681% em julho para 1,696% em agosto.

“Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos foi 1,035%, valor 0,6 pontos base superior ao observado no mês anterior (1,029%)”, refere o INE no comunicado.

Com este fim, o da compra de habitação, mas “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este mesmo destino de financiamento passou de 1,673% em julho para 1,687% no mês seguinte“, salienta o comunicado — mais uma pequena subida.

“Entre julho a agosto, o valor médio da prestação vencida para a totalidade dos contratos subiu um euro, para 239 euros”, refere o INE. “Já para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação fixou-se nos 316 euros em agosto, mais 14 euros do que o observado no mês precedente”.

O valor médio do capital em dívida para a totalidade dos contratos, acrescenta o Instituto Nacional de Estatística, foi inferior ao do mês anterior, caindo para 51.592 euros mensais, menos 32 euros do que em julho. No entanto, no subconjunto dos contratos dos últimos três meses, esse valor médio cresceu: o capital em dívida aumento de 91.052 euros para 92.715 euros, uma subida de 662 euros que é bastante superior.

O crédito à habitação continua a ser o principal motor do crescimento dos empréstimos às famílias. Segundo o Banco de Portugal, em julho, os bancos concederam 683 milhões de euros em novos empréstimos com essa finalidade. Este montante corresponde a um aumento de 41% face ao valor registado no mesmo mês do ano passado.

 

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