3 gráficos, 3 boas notícias: PIB, défice e poupança
Mário Centeno tem razões para celebrar. Três dos principais indicadores macroeconómicos divulgados esta sexta-feira pelo INE surpreenderam pela positiva.
O INE atrasou-se a publicar os dados estatísticos calendarizados para esta sexta-feira, mas quando os publicou trouxe uma série de boas notícias para o país. O PIB cresceu ainda mais no segundo trimestre, o défice do primeiro semestre foi ainda mais baixo e a taxa de poupança, afinal, não está tão má como os dados mostravam nos últimos trimestres.
Nas contas trimestrais por setor institucional divulgado esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística explica que este destaque incorpora nova informação com revisões anteriores. Os principais dados novos divulgados surpreenderam pela positiva: o PIB cresceu 3% no segundo trimestre, o défice ficou pelos 1,9% no primeiro semestre e a taxa de poupança fixou-se nos 5,2%.
À segunda revisão, PIB já cresce 3%
Fonte: INE e Eurostat
Inicialmente a economia tinha crescido 2,8% no segundo trimestre. Na segunda estimativa, o INE reviu em alta para os 2,9%. Um mês depois, há uma nova revisão em alta para os 3%. Este desempenho da economia portuguesa no segundo trimestre representa ainda uma aceleração face ao primeiro trimestre de 2017, período em que o PIB cresceu 2,8%.
Défice de 1,9% nos primeiros seis meses do ano
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
O défice orçamental registado no primeiro semestre deste ano foi de 1,9%. O número fica abaixo da estimativa que tinha sido avançada pelos peritos da UTAO. O défice do primeiro trimestre deste ano foi revisto em baixa, da anterior estimativa de 2,1% para 1,7% do PIB. O número divulgado esta sexta-feira pelo INE não conta ainda com o impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, que pode atingir 2,1% do PIB.
Poupança em mínimos? Afinal não
Fonte: INE. Contas ECO
É uma surpresa que vem com a atualização dos dados. O gráfico até ao trimestre anterior mostrava a taxa de poupança das famílias a cair para lá dos 4%, mas afinal as famílias estão a poupar mais de 5%. O novo gráfico mostra que a taxa de poupança caiu entre 2013 e 2015, dos 9% para os 6%, mas depois manteve-se nessa fasquia até ao momento. No segundo trimestre de 2017, a taxa de poupança estabilizou nos 5,2%, igual à do trimestre anterior.
Os dados atualizados mostram que os piores trimestres para este indicador foram o segundo trimestre de 2015, o terceiro trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016. Nestes três períodos a taxa de poupança das famílias portuguesas foi de 5%.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), houve um aumento do rendimento dos portugueses neste período que é justificado sobretudo com os reembolsos antecipados do IRS. “A redução dos impostos sobre o rendimento pagos pelas famílias traduziu sobretudo o efeito positivo da antecipação de reembolsos do IRS. Este efeito tenderá a ser compensado no trimestre seguinte”, explica ainda a autoridade de estatística nacional.
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