Paulo Rangel considera que “este não é o tempo para nomes”

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

A candidatar-se à liderança do partido, o eurodeputado deverá defrontar Santana Lopes e Rui Rio, que já deram sinais nesse sentido. Luís Montenegro não deverá entrar na corrida.

Com a certeza de que Passos Coelho não se recandidatará à presidência do PSD, resta apenas a dúvida sobre o seu sucessor. À saída da reunião do Conselho Nacional do partido, Paulo Rangel fugiu à questão e disse que o encontro se tratou de um momento de reflexão.Este não é o tempo para nomes nem para números, este é o tempo de pensarmos qual é o futuro que queremos para o PSD“, explicou o eurodeputado.

Face à insistência dos jornalistas, Rangel recorreu a uma passagem bíblica: “Há tempo para rasgar e tempo para coser, há tempo para estar calado e tempo para falar”. O social-democrata rematou o assunto com a conclusão de que “o tempo para falar foi lá dentro e o tempo para estar calado é cá fora“.

Paulo Rangel, que não assumiu, assim, qualquer candidatura à liderança do partido, foi referido, durante a reunião, pelo próprio Passos Coelho como uma das figuras que “podem aproveitar bem o tempo para dizer que o PSD é um pilar de estabilidade e de construção do futuro”. O outro nome mencionado por Passos foi o do líder parlamentar Hugo Soares.

Com a saída de Passos, há quem aponte Rangel como herdeiro dos seus apoios, especialmente junto daqueles que não gostam da solução de Rui Rio, que já deu sinais de que avançará. Por outro lado, a hesitação de Luís Montenegro, ex-líder da bancada laranja, deixa o caminho aberto ao eurodeputado. Apesar da pressão de autarcas, dirigentes e companheiros deputados, os apoiantes de Montenegro consideram que este não é o momento para uma candidatura, tendo em conta a crise que o PSD atravessa, a popularidade do Governo e as legislativas de 2019, adianta o Público.

A candidatar-se à liderança do PSD, Rangel deverá defrontar, além de Rio, Pedro Santana Lopes. O ex-primeiro-ministro e atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assumiu, na SIC, que está a “ponderar, obviamente” entrar na corrida.

A reunião do Conselho Nacional ficou, ainda, marcada pela saída de Marco António Costa, vice-presidente, que assinalou a importância de Paulo Rangel nas europeias de 2014 — nas quais foi cabeça de lista do PSD — e para o relançamento do partido para as legislativas de 2015.

Pedro Passos Coelho apelou à mobilização dos militantes e mostrou-se disponível, querendo o conselho, para antecipar as diretas já para dezembro. Entretanto, foi apresentada uma proposta para um novo Conselho Nacional, na próxima segunda-feira, dia 9, para marcar as eleições e o congresso.

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