CaixaBank decide se sai da Catalunha “no momento oportuno”
No "caso de serem necessárias", as decisões "serão tomadas", garante o CaixaBank, referindo-se à possibilidade de mudar a sede, atualmente na Catalunha.
O CaixaBank adotará as “decisões necessárias no momento oportuno, sempre com o objetivo de fazer prevalecer os interesses dos clientes, acionistas e empregados”, afirmaram à agência Efe fontes oficiais do banco catalão, referindo-se ao clima de tensão na Catalunha.
Esta foi a posição tomada pelo CaixaBank, que em Portugal controla o BPI, após ter sido tornado público que o Banco Sabadell vai realizar uma reunião extraordinária do seu conselho de administração para decidir se muda a sua sede social para Madrid ou Alicante, perante a possibilidade de o governo catalão declarar unilateralmente a independência da Catalunha.
Esta semana, o CaixaBank enviou um comunicado aos seus empregados em que explicava que “é importante comunicar proativamente” aos seus clientes o seu compromisso em defesa dos seus interesses, que “guiará as decisões futuras que, em caso de serem necessárias, serão tomadas”.
O CaixaBank, presidido por Jordi Gual, é um dos principais bancos de Espanha, com uma rede de mais de 5.400 balcões, dos quais 1.390 estão na Catalunha, possuindo 15,8 milhões de clientes, dos quais cerca de dois milhões são do BPI e tem um total de 37.336 trabalhadores.
O grupo catalão teve um lucro de 839 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, mais 31,6% que em igual período do ano passado e geriu nesse período cerca de 350.000 milhões de euros de recursos dos clientes. Além disso, tem empréstimos avaliados em mais de 228.000 milhões de euros.
O CaixaBank, com mais de cem anos de história, tem sede em Barcelona e é um dos três grandes grupos bancários espanhóis, juntamente com o Santander e o BBVA. O grupo financeiro cresceu muito nos últimos anos, especialmente durante a crise económica, graças a diversas aquisições, como a Caixa Girona, Bankpyme, Banca Cívica, Banco de Valencia, o negócio do Barclays em Espanha e, mais recentemente, o BPI.
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