Revita chega aos quatro milhões. Há 195 casas em reconstrução
O fundo que ajuda na reconstrução das casas afetadas pelo fogo de Pedrógão Grande contava, a 30 de setembro, com quase quatro milhões de euros. Donativos acentuaram-se nas últimas semanas do mês.
O fundo que serve para apoiar a reconstrução das casas destruídas pelo fogo de Pedrógão Grande contava, a 30 de setembro, com um total de 3,78 milhões de euros em dinheiro e bens móveis e serviços avaliados em 305.000 euros, segundo o relatório completo dos primeiros três meses do fundo Revita, a que o jornal Público teve acesso [ligação indisponível]. Os donativos ter-se-ão acentuado nas últimas semanas do mês.
Depois de um fim de semana de outono em que os incêndios florestais voltaram a marcar presença — esta manhã há 1.500 operacionais a combater quatro fogos de grandes dimensões nos distritos de Coimbra, Santarém e Braga –, assinalam-se os três meses de lançamento do Revita. A 30 de setembro, o fundo contava com 3,78 milhões de euros em dinheiro e 305.000 euros em bens móveis e serviços, valor que compara com os pouco mais de dois milhões de euros que o fundo incluía a 17 de setembro, quando a Segurança Social divulgou números três meses após o fogo.
Agora, o Público vem atualizá-los, sobretudo o número de casas de primeira habitação em processo de reconstrução: no final de setembro, o fundo prestava apoio à reconstrução de 88 dessas casas de um total de 205 a precisar de intervenção, havendo ainda 117 empreitadas a cargo de outros fundos. Segundo o jornal, os trabalhos desenvolvem-se já em 195 casas das 205 identificadas e as 88 a cargo do Revita serão as que têm “um perfil de intervenção mais exigente”.
A 30 de setembro, o fundo também já tinha pago ou estava prestes a pagar quase 813.000 euros em subsídios a 363 produtores agrícolas. Outros fundos geridos pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela União das Misericórdias Portuguesas também estavam a prestar apoio, concretamente em 41 casas afetadas pelas chamas do grande incêndio que deflagrou em junho. Doadores particulares ou empresas financiavam ainda 13 obras, havendo uma a ser financiada pelo proprietário do imóvel.
De acordo com o jornal, metade das casas intervencionadas localizam-se no concelho de Pedrógão Grande, o mais afetado. Segue-se Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Penela. O incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande provocou diretamente 64 mortos e mais de 200 feridos. Esteve ativo praticamente durante uma semana.
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