Crescimento do turismo abranda, mas hotéis faturam cada vez mais

Os preços dos quartos estão a aumentar, e muito. Entre janeiro e agosto, o rendimento médio por quarto disponível foi de 51,7 euros; há um ano, era de 44,1 euros.

O turismo continua a registar um crescimento superior ao dos restantes indicadores económicos, mas está a abrandar. No conjunto dos oito primeiros meses do ano, o número de hóspedes e de dormidas aumentou a um ritmo mais lento do que em igual período do ano passado, mas o mesmo não se verifica do lado das receitas. Entre janeiro e agosto, os proveitos da hotelaria registaram aumentos maiores do que os que se tinham verificado no ano passado, o que significa que os preços praticados continuam a aumentar.

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre janeiro e agosto, a hotelaria nacional recebeu um pouco mais do que 14 milhões de hóspedes, responsáveis por mais de 39,9 milhões de dormidas. São valores que correspondem a aumentos homólogos de 8,6% e 7,4%, respetivamente. No mesmo período do ano passado, estes dois indicadores tinham aumentado 9,4% e 8,9%.

A justificar este abrandamento estiveram tanto o mercado nacional como o externo. O mercado interno contribuiu com pouco mais de 11 milhões de dormidas, mais 3,4% do que há um ano (o que representa uma desaceleração face ao crescimento de 4,3% que tinha sido registado no ano passado). Já o mercado externo respondeu por 28,7 milhões de dormidas, um aumento homólogo de 9,1%, que fica aquém da subida de 10,9% que se verificou no mesmo período de 2016.

Por outro lado, o tempo que os turistas ficam nas unidades hoteleiras também está a cair ligeiramente. A estada média foi de 2,85 noites neste período, uma quebra homóloga de 1,1%.

Feitas as contas, a hotelaria faturou um total de 2,3 mil milhões de euros no conjunto dos oito primeiros meses do ano, uma subida de 16,1%. Há um ano, os proveitos estavam a aumentar 15,9%.

Significa isto que os preços dos quartos estão a aumentar, e muito: entre janeiro e agosto, o rendimento médio por quarto disponível foi de 51,7 euros; há um ano, era de 44,1 euros.

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