Isabel dos Santos: Posição da Sonangol no BCP “é para manter”
Isabel dos Santos diz ver a relação com o banco português "a reforçar-se e a continuar". "Acho que vamos manter a nossa posição acionista", salientou.
A Sonangol vai manter a posição acionista no banco português Millennium BCP, investimento que já produziu rendimento, afirmou a presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, Isabel dos Santos, em Londres.
Num evento promovido pela Thomson Reuters, Isabel dos Santos lembrou que a posição acionista aumentou em cerca de 1%, para 15,24% durante o aumento de capital realizado pelo banco, em fevereiro deste ano.
"BCP é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista.”
“Acabámos de reforçar essa participação e temos tido um papel ativo na administração. Vemos a nossa relação nesse sentido a reforçar-se e a continuar”, destacou.
A presidente da Sonangol considerou que o BCP “é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista”.
Sobre o futuro do banco, aguarda a reunião da administração do Millennium BCP, para a qual foram nomeados novos membros, no âmbito da entrada do grupo chinês Fosun, que reforçou a sua participação para cerca de 25%.
“Ainda não discutimos na administração qual é a visão para o futuro. Houve a nomeação de novos administradores devido à mudança de estrutura acionista. Assim que estiver concluída, os acionistas vão decidir qual vai ser a sua política de investimentos, se será na Europa ou noutro sítio”, adiantou.
O relatório e contas de 2016 da Sonangol indicou que o investimento da Sonangol no banco português começou em 2007, então com 180 milhões de ações (que no final de 2015 chegaram a cerca de 10,53 mil milhões), inicialmente no valor de 525,6 milhões euros.
Dez anos depois, o saldo desse investimento representa um “justo valor”, nas contas de 2016, de 150,4 milhões de euros, contra o saldo inicial de 516,1 milhões de euros nas contas do final de 2015, representando uma perda potencial de 365,7 milhões de euros, refere a petrolífera angolana.
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