Santana acusa Rio de incoerência na vida política
"A minha estabilidade é o meu amor ao partido, a dos outros é só quando lhes convém", diz Santana Lopes, relembrando o ano em que Rui Rio escolheu apoiar um candidato independente ao invés do do PSD.
Santana Lopes ataca Rui Rio e mostra-se confiante na vitória contra o opositor na corrida à liderança do PSD. Depois de ser acusado de ser o candidato “menos estável” pelo concorrente, Santana atribui as críticas a um “nervosismo” e acusa-o de incoerência.
Santana Lopes está convicto que sairá vencedor das diretas de 13 de janeiro uma vez que diz ter o apoio maioria dos líderes das distritais, muitos presidentes de câmara e de deputados. Apesar de afirmar que não queria falar de Rui Rio na entrevista que deu à CMTV, Santana Lopes acabou por fazer várias referências ao seu opositor.
A minha estabilidade é o meu amor ao partido, a dos outros é só quando lhes convém.
Santana aponta falta de coerência a Rui Rio ao apoiar a candidatura de Rui Moreira à Câmara do Porto em 2013, candidato independente, ao invés de apoiar o candidato do PSD. “Rigor é isto, é na palavra, nas atitudes, na coerência”, afirma Santana, garantindo que a sua “estabilidade é o meu amor ao partido, a dos outros é só quando lhes convém”.
Em resposta à acusação de nunca ter levado até ao fim um cargo, Santana Lopes relembra que Rio interrompeu o mandato como secretário-geral do PSD e por várias vezes desistiu da candidatura para a liderança do partido e até para a Presidência da República.
O ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa fez ainda comparações em termos de conquistas. Relembra ter deixado o cargo na SCML com a instituição a subir nas receitas e com menos despesa. Destaca esta experiência pelo contacto com a “realidade social do país”. Da sua obra, referiu ainda o fim da prostituição em Monsanto, os túneis do Marquês de Pombal, a construção do Centro Cultural de Belém e os arquivos distritais por todo o país.
As promessas de Santana
Santana diz querer aproximar os portugueses do rendimento per capita da União Europeia até 2025, acabando desta forma com a “geração mil euros”. Propõe fazê-lo através da atração de investimento privado. Nas suas prioridades, tem ainda a descentralização de serviços e de ministérios, que na sua opinião é “dar ao país os direitos que Lisboa tem”.
Em relação ao futuro, Santana prefere não falar “do diabo” — quer apenas que o PSD mereça “ser alternativa ao governo de frente de esquerda”. No caso de ser eleito, promete unir o partido, sem excluir o concorrente que agora enfrenta.
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