Credores querem suspender voto de membros da administração da OI indicados pela Pharol
Grandes credores pediram à justiça brasileira que suspenda o direito de voto dos administradores indicados pela Pharol e pela Société Mondiale em assuntos relacionados com o plano de recuperação da Oi
Os grandes credores da Oi pediram à justiça brasileira que suspenda o direito de voto dos administradores indicados pela Pharol e pelo fundo Société Mondiale em qualquer assunto que diga respeito ao plano de recuperação judicial da operadora.
A solicitação foi feita por grupos de obrigacionistas representados pelo banco Moelis & Company e pela consultora G5/ Evercore numa petição assinada terça-feira à noite, na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde tramita o processo de recuperação judicial da Oi.
No documento, os credores afirmam que as medidas aprovadas na última sexta-feira pelo Conselho de Administração da Oi – que deu posse a dois novos administradores – são a “cereja no bolo” de um suposto “conflito de interesses e de abuso de direito com que vêm agindo os acionistas minoritários (Pharol e Societé Mondiale)”.
“A influência indevida de acionistas minoritários controladores e de alguns integrantes do Conselho de Administração tem gerado instabilidade e insegurança jurídica, comprometendo o resultado útil desta recuperação judicial”, alegaram os advogados dos credores na petição.
Além da suspensão do direito de voto no Conselho de Administração da empresa, os credores também solicitaram a suspensão da posse de dois novos diretores estatutários eleitos para o Conselho de Administrativo da Oi na semana passada.
A Bratel, subsidiária da portuguesa Pharol, é acionista minoritária de referência com 22% das ações da Oi.
A operadora de telecomunicações brasileira entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17,3 mil milhões de euros).
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