A menos de um ano do Mundial, FIFA não encontra patrocinadores
A Federação Internacional de Futebol não está a conseguir atrair empresas para patrocinar o campeonato do mundo de futebol. A culpa é das suspeitas de corrupção.
Sendo o futebol o ‘desporto rei’, milhões de empresas querem ver o seu nome ao lado das grandes caras da modalidade, como Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi. Seria de esperar que, a um ano de começar o Campeonato Mundial de 2018, os patrocinadores estivessem todos escolhidos — e as receitas arrecadadas. Mas os mais recentes golpes na reputação da FIFA não estão a facilitar o trabalho.
A três dias do sorteio da fase de grupos, a FIFA está com dificuldades em encontrar patrocinadores, o que se traduzirá numa diminuição significativa dos lucros.O New York Times avança como principais motivos para esta falta de interesse por parte das marcas o envolvimento da instituição em processos judiciais e suspeitas de corrupção.
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Seis meses antes do sorteio final do Mundial de 2014, a FIFA vinha a público afirmar que não havia mais espaço para patrocinadores. Este ano, os “slots” de patrocinadores oficiais já foram ocupados por empresas russas, chinesas e do Qatar, mas apenas uma das vinte vagas para patrocinadores regionais foram adquiridas.
O envolvimento da FIFA num processo judicial por subornos que põe três antigos responsáveis no banco dos réus, o afastamento de Sepp Blatter em 2015 pelas mesmas acusações e as suspeitas que continuam a pairar sobre a instituição serão os principais motivos pelos quais as empresas ocidentais — norte-americanas e europeias — se estão a afastar dos grandes cartazes da FIFA.
Em declarações ao jornal, Patrick Nally, gestor de patrocínios e responsável pela primeira estratégia de marketing internacional da FIFA, não se mostra surpreendido com esta falta de procura. “Não é surpreendente porque tem sido, e continua a ser, uma marca tóxica“, considera. “A não ser que seja chinesa ou de algum país parecido, onde as notícias do processo e as ligações à corrupção não são levadas tão a sério, nenhuma empresa vai considerar o envolvimento com a FIFA seguro.”
Os lucros com patrocínios no ano de 2014, em que o Brasil recebeu o campeonato do mundo, totalizaram os 1,6 mil milhões de dólares, mais 650 milhões de dólares que no ano de 2010. Se a situação assim se mantiver, a FIFA pode esperar resultados bem mais modestos.
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