Sumol+Compal vota saída da bolsa a 21 de dezembro
Acionistas vão votar saída da Sumol+Compal da bolsa de Lisboa no dia 21 de dezembro. Ações da cotada cedem esta terça-feira.
Os acionistas da Sumol+Compal vão votar a saída da empresa da bolsa de Lisboa a 21 de dezembro, dia para o qual foi convocada uma assembleia geral para deliberar sobre a proposta de perda da qualidade de sociedade aberta apresentada pelos dois principais acionistas do grupo.
A Refrigor e a Frildo propuseram esta segunda-feira que a Sumol+Compal deixe de estar cotada na bolsa, propondo-se a comprar as ações dos investidores que não votarem favoravelmente a essa intenção. A Refrigor detém 84,45% do capital da Sumol+Compal e 93,58% dos direitos de voto, enquanto a Frildo detém 1,40% da empresa.
Fonte próxima da Refrigor, acionista maioritária, disse ao ECO que a empresa entende que “com o baixo free float não se justifica a manutenção da Sumol+Compal na Euronext Lisbon”. E “estão reunidas as condições” para que isso aconteça, assegurou a mesma fonte. “Têm que haver acionistas disponíveis para adquirirem as ações daqueles outros acionistas que não votarem a favor da perda da qualidade de sociedade aberta”, indicou.
Na sessão desta terça-feira, as ações da Sumol+Compal desvalorizam 0,8% para 1,889 euros.
No pedido enviado esta segunda-feira à presidente da mesa, estes dois acionistas salientaram que há “uma clara concentração do capital social da Sumol+Compal, e dos respetivos de voto, na Refrigor”. “Da referida concentração resulta uma reduzida dispersão do capital da Sumol+Compal” e que essa concentração se manifesta “pelo aparente afastamento dos acionistas minoritários da vida societária e institucional” da empresa.
A Refrigor e a Frildo comprometem-se, aprovada a perda da qualidade de sociedade aberta, a “adquirir as ações dos acionistas que não tenham votado favoravelmente” a proposta. Na proposta, a Refrigor lembra que tem 93,58% dos direitos de voto da Sumol+Compal, empresa que está em bolsa desde 1987, havendo uma concentração neste acionista, que resulta numa “reduzida dispersão do capital”, ascendendo atualmente o free float a 6,42% do capital social.
A Refrigor revelou ainda que não pretende dispersar no mercado a participação por si detida na Sumol+Compal nem promover um aumento de capital da Sumol+Compal com recurso a subscrição pública.
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