Ministro das Infraestruturas critica Governo anterior pela negociação de fundos
"É para mim incompreensível que o acesso às zonas empresariais não tenha ao menos esse investimento público", criticou Pedro Marques.
O ministro das Infraestruturas considerou esta quarta-feira que o Governo de Pedro Passos Coelho “podia e devia ter sido feito mais” para garantir o acesso aos fundos do Portugal 2020 para investimento público em acessos a zonas empresariais.
Pedro Marques esteve em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, para a assinatura do contrato de empreitada para as obras na Estrada Nacional 14 (EN14) na zona de acesso à zona empresarial daquele concelho, tendo considerado que o Executivo anterior e Bruxelas tinham um “preconceito” contra o investimento público.
“É para mim incompreensível que o acesso às zonas empresariais não tenha ao menos esse investimento público sido prioritário no âmbito do Portugal 2020 e, portanto, estamos a fazê-lo [agora] com fundos nacionais”, afirmou o governante. Segundo o ministro que tutela as Obras Públicas, “foi uma opção do Governo [anterior] os Fundos Comunitários não ficarem programados para este efeito”.
É para mim incompreensível que o acesso às zonas empresariais não tenha ao menos esse investimento público sido prioritário no âmbito do Portugal 2020 e, portanto, estamos a fazê-lo [agora] com fundos nacionais.
Para Pedro Marques, “na altura da programação do Portugal 2020 juntou-se um bocadinho a fome com a vontade de comer. Havia aqui [por parte do Governo de Portugal, à data da definição do Portugal 2020, e por parte de Bruxelas] um preconceito claro” contra o investimento público. “Efetivamente podia ter sido feito mais, devia ter sido feito mais. Mas o que importa é que este investimento vai ser feito”, criticou.
Referindo-se à intervenção na EN14, o governante salientou que a variante àquela rodovia na zona da Trofa “é uma realidade que vai ser implementada”, explicando que a obra avançará “à medida que as autorizações ambientais possam aparecer”. “Espero que elas apareçam no ano 2018. Queremos acabar com este problema de mais de duas décadas da Nacional 14 e das condições parcas daquela estrada. Queremos dar mais condições da atratividade deste território para que ele possa ter mais empresas e mais desenvolvimento económico e mais emprego. Para que isso possa acontecer precisamos de uma via que substitua uma via tão estrangulada como a EN14”, observou Pedro Marques.
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