Passwords à solta: das Forças Armadas, PJ até ao Governo

  • ECO e Lusa
  • 21 Dezembro 2017

Uma fuga de informação nas redes sociais expôs e-mails e passwords de membros do Governo e Forças Armadas mas também de trabalhadores de bancos, grandes cotadas e dos grandes grupos de media.

Na dark web, uma parte da web que só se pode aceder através de programas específicos, a Sábado encontrou duas listas com passwords e e-mails de vários cidadãos portugueses. Entre os nomes estão o de e Rosário Teixeira, o responsável pela acusação da Operação Marquês e Luís Naves, o diretor da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária. Estes dados terão sido obtidos na sequência de ataques a redes sociais, como o Facebook, LinkedIn ou Twitter. A PJ já está a investigar.

Juízes, membros da PSP, PJ e Forças Armadas. São vários funcionários destas áreas sensíveis, que viram expostos os dados pessoais com os quais acedem às redes sociais. A revista avança que “identificou 1.046 endereços de email terminados em ‘gov.pt’ repartidos por diversas áreas, incluindo 15 que pertenceram ao gabinete dos ex-primeiros-ministros José Sócrates e Pedro Passos Coelho; 42 da Presidência do Conselho de Ministros; 36 do Ministério da Defesa Nacional; 99 do Ministério dos Negócios Estrangeiros e 330 do Governo Regional dos Açores”.

Contactada pela Sábado, o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER) garante que os dados em questão não darão acesso à rede informática do Estado, uma vez que mesmo que o e-mail do trabalho tenha sido utilizado para registo nas redes sociais, as passwords reveladas não cumprem os requisitos da plataforma do CEGER.

No setor privado, os nomes não são menos sonantes. Foram alvos trabalhadores de bancos, seguradoras, empresas de segurança, empresas cotadas no PSI20, transportadoras (como a TAP ou a CP) ou a EDP. Os clubes de futebol também não escaparam ao furto de dados. Paulo Gonçalves, diretor jurídico da SAD do Benfica, é um dos afetados, embora também constem da lista pessoas ligadas ao Futebol Clube do Porto e ao Sporting.

Nos media, os hackers acederam aos dados de profissionais da Cofina, RTP, o grupo Renascença ou a Global Notícias.

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