Coreia do Norte participou em ciberataques a criptomoedas, acusa Seul
Depois da ameaça com os mísseis balísticos, a Coreia do Norte é agora também vista como uma ameaça online. Pyongyang terá participado em vários ataques a criptomoedas.
A agência de espionagem da Coreia do Sul disse ter encontrado provas de que a Coreia do Norte participou em ataques informáticos recentes para obter criptomoedas, revelaram este sábado fontes conhecedoras da investigação à agência Yonhap.
O serviço nacional de inteligência sul-coreano (NIS, na sigla em inglês), encontrou provas de que o regime norte-coreano esteve envolvido em junho no roubo de informação pessoal de cerca de 30.000 investidores na Bithumb, a maior corretora de criptomoedas da Coreia do Sul e uma das maiores do mundo, indicaram as fontes. Pyongyang também terá participado noutro roubo de dinheiro digital, perpetrado em setembro.
O NIS confirmou que o mesmo código usado pelo Lazarus, o grupo responsável por ataques como perpetrado contra o Banco Central do Bangladesh em 2016, e acusado do ataque que sofreu no final de 2014 a Sony Pictures depois de estrear o filme “The Interview” – que narrava em Tom de comédia o homicídio do líder Kim Jong-un, teria sido usado nestes casos recentes.
O mesmo grupo, que a empresa russa de cibersegurança Karspersky Lab afirmou ter “ligações diretas” a Pyongyang, também é suspeito de ter propagado o vírus WannaCry, que em maio afetou empresas e instituições em cerca de 150 países.
Importações norte-coreanas em aviação caíram 99,5% em 2016
As importações da Coreia do Norte de aviões e componentes para a aviação caíram 99,5% até aos 117.000 dólares (99.354 euros) em 2016, segundo dados publicados este sábado pelo governo sul-coreano. O valor é bastante inferior aos 22,96 milhões de dólares (19,5 milhões de euros) que o regime norte-coreano gastou neste setor um ano antes, segundo estimativas do instituto nacional de estatística sul-coreano.
As importações norte-coreanas de pólvora e de produtos químicos também caíram em 2016, neste caso 43,6% até aos 51.000 dólares (43.308 euros). Em 2014, o valor tinha atingido um pico de 121.000 dólares (102.750 euros).
Os dados mostram, em contrapartida, que as importações da Coreia do Norte de veículos estrangeiros e pecas automóveis aumentaram no ano passado 31,7% até aos 260,6 milhões de dólares (221,3 milhões de euros), enquanto as de aço cresceram 2,5% até aos 115,76 milhões de dólares (98,3 milhões de euros).
Segundo os dados da entidade sul-coreana, o comércio entre a Coreia do Norte e a China aumentou em 2016, apesar das sanções internacionais impostas ao regime pelos seus repetidos testes de mísseis e provas nucleares.
As importações norte-coreanas provenientes da China aumentaram 5,9% em termos anuais até aos 3.420 milhões de dólares (2.906 milhões de euros), enquanto as exportações do país liderado por Kim Jong-un para Pequim aumentaram em 2016 6% até aos 2.630 milhões de dólares (2.235 milhões de euros).
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