Juros em queda já antecipavam decisão da DBRS

Percepção de risco dos investidores em relação a Portugal manteve tendência de alívio ao longo de toda a semana.

Depois de a DBRS ter mantido a notação da dívida portuguesa num grau de investimento, que mantém Portugal no radar das compras do Banco Central Europeu (BCE), os investidores do mercado obrigacionista português respiraram de alívio. Durante toda a semana, os juros da dívida portuguesa mantiveram uma tendência de queda generalizada, sugerindo uma aposta dos investidores em relação à manutenção do rating de Portugal. Que se confirmou.

A yield implícita nas obrigações a dez anos, a referência no mercado, recuou esta sexta-feira quase dois pontos base até aos 3,192, renovando mínimos de mais de um mês. Também o juro associado aos títulos a cinco anos cedeu cinco pontos base até 1,798%. É com esta última maturidade que Portugal regressa ao mercado na próxima semana para levantar um máximo de mil milhões de euros em obrigações do Tesouro.

Evolução dos juros a dez anos em outubro

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)
Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

A DBRS anunciou esta sexta-feira que mantém o rating de Portugal, em BBB (low), bem como o outlook estável para o risco de crédito da República.

Em reação a esta decisão, o Ministério das Finanças considerou que a decisão “demonstra a justeza do caminho desenhado pelo Governo para promover a recuperação económica”. “Esta avaliação aumenta a nossa confiança e a dos mercados nas políticas escolhidas para o país”, escreve o ministério em reação. No texto, Mário Centeno garante que “o compromisso do país em honrar as suas responsabilidades é inalienável”.

"Esta avaliação aumenta a nossa confiança e a dos mercados nas políticas escolhidas para o país.”

Ministério das Finanças

Ainda esta quinta-feira, Mario Draghi, presidente do BCE, confirmou que, caso houvesse um downgrade na notação portuguesa, Portugal deixaria de contar para o programa de compra de ativos no setor público (PSPP), uma situação que iria agravar o risco do país junto dos mercados internacionais.

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