Negócio Santa Casa/Montepio “pode acabar em gestão danosa”

Marques Mendes defende que 10% do banco Montepio não valem 200 milhões de euros. E diz que o “dinheiro dos pobres na banca é uma aventura”.

É um dos temas que está a marcar a campanha interna para a liderança do PSD. Ainda este domingo, Rui Rio veio pedir a Pedro Santana Lopes (o anterior Provedor da Misericórdia de Lisboa) que explicasse a entrada da Santa Casa no banco do Montepio, a Caixa Económica Montepio Geral.

O antigo líder do PSD Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC, manifesta-se contra este negócio e considera que os valores que estão em cima da mesa — 10% do capital do banco em troca de 200 milhões de euros — são demasiado elevados.

Luís Marques Mendes vai mais longe e diz mesmo que o negócio, caso se concretize por aqueles valores, “vai acabar num inquérito parlamentar e numa investigação”. Que investigação? “Uma investigação judicial por gestão danosa” vaticina o comentador.

Marques Mendes considera legítimo que os vendedores peçam aquele valor, mas não é legitimo que os compradores, neste caso a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o paguem.

“Não deveria entrar, o negócio da banca é arriscado. Meter dinheiro dos pobres nos bancos é uma aventura”, afirma Marques Mendes que estranha ainda o facto de um Governo de esquerda “autorizar que o dinheiro dos pobres, da ação social, vá para os bancos”.

Défice de 2017 terá ficado em 1,2%

No comentário da SIC, este domingo, Marques Mendes revelou que o défice do ano passado terá ficado em 1,2%, e que o rácio da dívida púbica sobre o PIB terá ficado em 126,2%.

No passado dia 21 de dezembro, António Costa já tinha revisto em baixa as previsões para o défice de 2017: “Tivemos no ano passado [2016] o menor défice da nossa democracia. Este ano [2017] vamos ter um défice que, hoje já se pode dizer sem causar arrepios ao ministro das Finanças, será inferior a 1,3%”, afirmava na altura o primeiro-ministro que já tinha antecipado também um rácio da dívida que “não superará os 126,2%”.

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