Sindicato apoia restruturação para salvar GE de Setúbal

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2018

O delegado sindical afirmou estar disponível para ajudar numa reestruturação, porque “encerrar a fábrica é um crime económico”, tendo em conta as exportações que ascenderam aos 75 milhões em 2017.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (Site Sul) afirmou esta sexta-feira estar disponível para colaborar com a General Eletric (GE) para “travar o encerramento” da fábrica de Setúbal.

Após uma reunião com os responsáveis da fábrica, Eduardo Florindo, responsável do Site Sul, disse à agência Lusa ter a esperança de “travar o encerramento” e adiantou que há vontade de “ambas as partes em trabalhar em conjunto” para esse objetivo. O delegado sindical afirmou estar disponível para ajudar numa reestruturação, porque “encerrar a fábrica é um crime económico”, face nomeadamente à exportação, em 2017, no valor de 75 milhões de euros.

Admitindo que a reestruturação levará a saídas de trabalhadores, Eduardo Florindo recordou ser essa a decisão já tomada e que há “um grupo significativo” de funcionários próximo da idade da reforma e “departamentos com excesso de gordura”. “A fábrica de Setúbal é a única com o encerramento em cima da mesa, mas outras na Europa que estavam previstas fechar vão continuar”, uma reviravolta que também devia acontecer em Portugal, argumentou o sindicalista, que acrescentou a informação da administração da unidade sobre uma reunião a realizar com o Ministério da Economia.

No início de dezembro passado, a GE anunciou que previa a redução de cerca de 200 postos de trabalho em Setúbal, no âmbito de uma reestruturação da unidade de energia na Europa e que terá impacto em Portugal. Há três dias o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou esperar que a unidade da GE em Setúbal encontre “uma solução que escape” à reestruturação internacional, acompanhando o assunto no sentido de “que não haja encerramento”.

Às questões da Lusa, fonte oficial da GE respondeu quinta-feira que “a empresa não recebeu qualquer pedido por parte do Ministério da Economia para além do relacionado com uma reunião que se encontra em processo de agendamento”.

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