Apple junta-se a Malala na luta pela educação feminina
A associação criada por Malala Yousafzai vai receber fundos da Apple para garantir a 100 mil raparigas carenciadas o acesso a educação de qualidade. Cook diz que a igualdade é a filosofia da gigante.
Quatro meses depois de se terem encontrado pela primeira vez, em Oxford, Malala Yousafzai e Tim Cook anunciam uma nova parceria na luta pela educação feminina. A ativista receberá da multinacional da maçã fundos para concretizar o objetivo da sua associação: garantir a 100 mil raparigas carenciadas de países como o Paquistão, o Líbano, o Afeganistão, a Nigéria e a Turquia o acesso à escola.
“O meu sonho é ver cada rapariga a receber educação de qualidade e, nesse sentido, espero que esta parceria com a Apple possa expandir o nosso trabalho”, realçou a mais jovem Nobel da Paz, no Independent. O líder executivo da gigante da tecnologia sublinhou, por outro lado, que o poder da educação como força que gera igualdade sempre fez parte da filosofia da empresa. “Começámos a falar e tornou-se claro que ela tem uma visão ousada, que se alinha com a ousadia da Apple e com a nossa crença primordial na igualdade e na força da educação como grande equalizador”, enfatizou Cook.
Segundo o norte-americano, já Steve Jobs tinha como principal foco fazer dos produtos da Apple instrumentos valiosos, no ambiente educativo, maximizando o potencial de cada estudante. “Fizemo-lo em cenários muito distintos. De escolas carenciadas até ao polo oposto”. Deste modo, Tim Cook adianta que a multinacional não contribuirá apenas com dinheiro, mas também com o seu conhecimento tecnológico e educacional.
Em 2012, Malala Yousafzai foi vítima de uma tentativa de assassinato levada a cabo pelos Talibã. Aos quinze anos, a ativista foi baleada a caminho da escola e sobreviveu, tendo-se transformado, na sequência desse evento, num ícone da luta pelo acesso feminino à educação de qualidade. Dois anos mais tarde, a paquistanesa consagrou-se a mais jovem Nobel da Paz.
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