Amazon Go. Neste supermercado não há caixas registadoras

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

Na Amazon Go, o cliente agarra nos produtos pretendidos e sai da loja, sem passar por qualquer caixa registadora. O segredo? Sensores, câmaras e a ligação ao perfil de utilizador na gigante de Bezos.

Ficar à espera numa fila interminável para pagar as suas compras é uma realidade obsoleta, neste supermercado. A primeira loja física da Amazon pretende revolucionar o sistema, acabando com as caixas registadoras. Neste estabelecimento, o cliente precisa, apenas, de passar por um torniquete — no qual identifica a conta que utiliza na plataforma digital de Jeff Bezos — agarrar nos artigos que deseja adquirir e sair. “Sem filas, sem checkout” é o mote do supermercado que abre ao público, esta segunda-feira, em Seattle, nos Estados Unidos, avança o The Guardian.

Na Amazon Go, um conjunto sofisticado de câmaras e sensores segue os movimentos dos visitantes e regista os itens que são retirados das prateleiras, colocando-os no carrinho de compras virtual do cliente. Se um artigo for devolvido à prateleira, é igualmente eliminado da conta a cobrar ao utilizador. O pagamento é feito automaticamente depois de o cliente sair da primeira experiência.

Neste supermercado, os clientes podem encontrar refeições prontas, bebidas frias e outros mantimentos igualmente disponibilizados por lojas convencionais, reporta a CNN Money. O seu fator distintivo é mesmo a tecnologia sem check-out, que pretende facilitar o processo de compra. Este domingo, a Amazon já avançou que outros estabelecimentos semelhantes podem estar no horizonte… mas por agora o foco está totalmente no desenvolvimento e sucesso desta loja.

Tempestade antes da abertura

Este primeiro supermercado de Bezos abriu em dezembro de 2016, numa fase de testes, exclusivamente para trabalhadores da gigante. Nessa altura, a tecnologia inovadora registou um bom desempenho, falhando apenas face ao caos infantil (quando foram convidadas crianças a testar o sistema, o facto de terem mudado tudo de lugar não permitiu ao sistema funcionar corretamente) e às semelhanças corporais entre clientes (pessoas com corpos parecidos foram confundidas). Talvez por isso a abertura oficial — que estava prevista para o início de 2017 e só acontece esta segunda-feira — tenha sido adiada.

Além disso, de acordo com o revelado pelo Wall Street Journal, a tecnologia subjacente a esta “pequena revolução” acabou por ser mais difícil de desenvolver do que o que se esperava, atrasando o processo e, consequentemente, a abertura final.

No ano passado, a Amazon comprou a cadeia de supermercados dedicada aos alimentos biológicos e de elevada qualidade Whole Foods por 13,7 mil milhões de euros (11,2 mil mil de euros). A multinacional já garantiu que não há planos para implantar esta nova tecnologia nessa cadeia.

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