Privados dominam projetos de reabilitação apresentado para financiamento do IFRRU
Desde 30 de outubro, há mais de 200 intenções de investimento em análise nos bancos selecionados, que correspondendo a cerca de 700 milhões de investimento. Privados respondem por 190 projetos.
O Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU) já tem mais de 200 projetos em análise para possível investimento sendo que a larga maioria é de privados e da zona norte. Contudo, é em Lisboa que se concentram os investimentos mais avultados, avançou ao ECO fonte oficial da Estrutura de Gestão do IFRRU 2020.
O IFRRU anunciou esta segunda-feira a atribuição do primeiro financiamento — um projeto de reabilitação urbana em Santa Maria Maior, no Funchal, e que vai custar 645 mil euros. A sua conclusão está prevista para o final do primeiro semestre deste ano.
Mas este é apenas um dos muitos projetos que os bancos selecionados (Santander Totta, BPI, Millennium BCP) para trabalhar com este Instrumento financeiro, criado no final do ano passado, têm em mãos. “Desde o dia 30 de outubro, dia da abertura dos balcões das entidades financeiras, foram formalizadas 15 candidaturas no valor de cerca de 65 milhões de euros de investimento, representando a região norte cerca de 50 milhões de euros”, detalhou a mesma fonte oficial, acrescentando que já foram “celebrados dois contratos de financiamento na Região Autónoma da Madeira”.
Os privados dominam as propostas apresentadas para eventual financiamento do IFRRU. “Desde 30 de outubro até 15 de janeiro, temos mais de 200 intenções de investimento em análise nos bancos selecionados, correspondendo a cerca de 700 milhões de euros de investimento“, avançou fonte oficial. Destas “intenções de investimento, cerca de 190 são referentes a privados“, acrescenta a mesma fonte.
Do ponto de vista regional é o norte que apresenta um maior número de intenções de investimento (100), seguido de Lisboa (57). Mas em termos de valor os 57 projetos de Lisboa ascendem a 342 milhões de euros, enquanto os 100 do norte representam um investimento de 338 milhões de euros.
Projetos em Lisboa são os mais avultados
O IFRRU 2020 disponibiliza um total de 1,4 mil milhões de euros para intervenções que se destinem à reabilitação integral de edifícios com idade igual ou superior a 30 anos, de espaços e unidades industriais abandonadas ou ainda a intervenções em frações privadas inseridas em edifícios de habitação social, que sejam alvo de reabilitação integral.
O instrumento financeiro permite empréstimos em condições mais vantajosas do que as que são oferecidas no mercado (em termos de taxas de juro, maturidades e períodos de carência) e, do montante total, 700 milhões provêm de fundos públicos (nacionais e comunitários) e os restantes 700 milhões são disponibilizados por três bancos (Santander Totta, BPI, Millennium BCP).
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