Time elege Puigdemont como um dos fugitivos mais procurados de 2018
O ex-presidente do governo catalão junta-se a nomes como Julian Assange, Ramush Haradinaj ou Mikheil Saakashvili.
A revista norte-americana Time inclui o ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont, que se encontra fugido à justiça espanhola em Bruxelas, entre os cinco “fugitivos mais procurados” em 2018 do ponto de vista geopolítico. A revista diz querer identificar “as personalidades ‘mais procuradas’ que captaram a atenção do mundo” e analisar “o que as suas histórias específicas nos dizem sobre o estado do mundo em 2018”.
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Juntamente com Puigdemont, que aparece como o primeiro da lista, a revista inclui o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, e o primeiro-ministro kosovar e um dos fundadores do Exército de Libertação do Kosovo, Ramush Haradinaj.
A Time refere ainda o islamita turco exilado nos Estados Unidos Fethullah Gulen, que a Turquia acusa de estar por detrás do golpe de Estado falhado de julho de 2016, e o ex-Presidente georgiano Mikheil Saakashvili, condenado pela justiça do seu país por abuso de poder.
Sobre Puigdemont, a Time recorda que os cidadãos da Catalunha apoiaram, numa votação em 1978, com mais de 90% dos votos, a nova Constituição espanhola, redigida após a morte do ditador Francisco Franco e a instauração de um sistema democrático no país. Essa consulta “tornou ilegal que uma região declarasse a sua separação de Espanha sem mudar a Constituição, o que só pode fazer o parlamento espanhol em Madrid”, lembra a revista.
No entanto, 40 anos depois, o independentista Puigdemont “seguiu em frente com um referendo sobre a independência à margem do que diz a Constituição”. Puigdemont “utilizou os resultados enviesados dessa consulta para anunciar a secessão da Catalunha e o Governo de Madrid, defendendo o direito constitucional, destituiu o parlamento catalão e ordenou novas eleições regionais”, escreve a Time.
O ex-presidente do Governo regional da Catalunha fugiu com quatro dos membros do seu executivo para Bruxelas, enquanto a justiça espanhola ordenou a sua detenção, acusando-o de delitos como sedição e rebelião.
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