Na indústria portuguesa, prazos de pagamento são mais longos do que na Europa
As empresas industriais em Portugal aceitam prazos de pagamento mais prolongados do que aqueles praticados, em média, na restante Europa.
As empresas industriais em Portugal aceitam prazos de pagamento mais prolongados do que aqueles avançados, em média, na restante Europa, revela um estudo da Intrum Justitia. Segundo o mesmo estudo, os prazos alargados “estão a ter consequências negativas para as empresas de todos os setores”.
Em média, uma empresa industrial de B2C em Portugal dá uma margem de 36 dias para receber os devidos pagamentos — nove acima dos pares europeus. Em negócios de B2B, a diferença é ainda mais expressiva: 18 dias. Geralmente, são concedidos 63. Só as empresas de B2C conseguem receber os pagamentos, em média, antes do prazo estabelecido.
No setor público, o cenário não é muito distinto: 62 dias em Portugal contra 41 no Velho Continente, ou seja, 50% de tolerância “extra” da parte das empresas portuguesas. Contudo, o pagamento efetivo continua a vir significativamente atrasado. Por cá, há uma demora média de 106 dias para reaver as devidas quantias, enquanto na Europa a média se fica pelos 49 dias.
"Uma situação que, a manter-se, é preocupante e os atrasos de pagamentos têm várias consequências negativas na estabilidade e saúde financeira das empresas.”
De acordo com o Diretor Geral da Intrum Justitia, Luis Salvaterra, “o pagamento tardio no setor da indústria é comum, continuamos a verificar um aumento do risco por toda a Europa e pressão para que as empresas aceitem prazos de pagamento mais longos. Uma situação que, a manter-se, é preocupante e os atrasos de pagamentos têm várias consequências negativas na estabilidade e saúde financeira das empresas”.
Estas são as conclusões do estudo EPR 2017 Industry White Paper, feito pela Intrum Justitia através de um inquérito a mais de 10 mil empresas de 29 países europeus. O Intrum Justitia é um grupo de serviços de Gestão e Recuperação de créditos.
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