Mercados começam a recuperar. Lisboa sobe mais de 1%

A bolsa de Lisboa arranca esta segunda-feira a recuperar das quedas acentuadas registadas na semana passada. O principal índice acionista nacional perdeu mais de dois mil milhões de euros em valor de mercado, em apenas cinco sessões, e começa agora a corrigir esse movimento, subindo mais de 1%. Lá fora, o sentimento é o mesmo: as principais praças europeias também valorizam em torno de 1%.

O PSI-20 abriu a valorizar 1,05%, para os 5.351,55 pontos, com quase todas as cotadas em alta, à exceção da Corticeira Amorim. Entretanto, a bolsa já acelerou os ganhos, para 1,27%, e já tem todas as cotadas a negociar no verde.

A contribuir para este movimento estão as cotadas com maior peso. O BCP abriu a ganhar mais de 2%, para os 29,53 cêntimos por ação. Já a Mota-Engil avança 2,4%, para os 3,62 euros por ação.

Também o setor energético está a ajudar o PSI-20, com a EDP a subir 1,38%, para os 2,72 euros por ação, e a EDP Renováveis a ganhar 0,22%, para os 6,90 euros. Já a Galp soma 0,86%, para os 14,63 euros por ação. Isto numa altura em que o petróleo também recupera daquela que foi a sua pior semana em dois anos. O barril de Brent, que serve de referência para o mercado nacional, sobe 0,89%, para os 63,35 dólares.

No resto da Europa, a tendência também é de recuperação. Destaque para a praça francesa e para a alemão, que valorizam ambas mais de 1%.

Os mercados seguem, assim, a recuperar das perdas da semana passada. A justificar este movimento negativo esteve, na verdade, uma boa notícia: com os bons dados económicos norte-americanos a pressionarem a inflação, a Reserva Federal deverá promover mais subidas das taxas de juro do que se estava à espera e, com isso, agravar o preço do dinheiro. A medida terá impacto negativo para as empresas e não foi bem recebida pelos mercados.

Os analistas estão, ainda assim, tranquilos com este cenário, justificando que está a acontecer uma correção dos ganhos que foram sendo registados ao longo do ano passado e do início deste ano. Mesmo Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), já disse não estar preocupada com as quedas.

Notícia atualizada às 8h20 com mais informação.