Novo Banco vai fechar já 30 balcões. Saiba onde são ?

O Novo Banco já sabe quais as agências que pretende encerrar até abril. São 30 balcões que vão fechar portas dentro de dois meses, na sua maioria localizados nos centros urbanos e onde trabalham dois funcionários. O ECO teve acesso à lista de encerramentos. Mas atenção: mais 43 fechos estão previstos até final ano. Onde? Ainda está em avaliação.

Para já são três dezenas de balcões para encerrar até ao final de abril. E os alvos já estão identificados. São sobretudo agências de pequena dimensão, com cerca de dois trabalhadores, e localizadas em centros urbanos. Tudo para minimizar o impacto junto dos clientes do banco.

Segundo a lista a que o ECO teve acesso, nove destes balcões localizam-se na região de Lisboa: Av. Uruguai, Hospital Santa Maria, Católica Lisboa, Belas, Tagus Park, Alcoitão, Torres Vedras/Conquinha, Sacavém/Quinta Património e Azambuja. Outros cinco balcões vão encerrar na zona do Grande Porto: Católica Porto, Rio Tinto, Raimonda, Vila do Conde e Nogueira da Maia. Ou seja, praticamente metade dos encerramentos vão ocorrer dentro dos dois grandes centros urbanos.

Ainda assim, os encerramentos estão distribuídos um pouco por todo o país, sobretudo no litoral. Contactado, o banco não comenta a lista.

Veja o mapa das primeiras agências do Novo Banco que vão encerrar ?

Juntamente com o fecho de balcões, a administração liderada por António Ramalho pretende antecipar a saída de trabalhadores. Fontes contactadas pela Lusa indicam que o objetivo passa pela saída de mais de 400 funcionários a acontecer este ano, cerca de metade em rescisões e a outra metade em reformas antecipadas. Este compromisso de redução de pessoal até 2021 foi assumido com as autoridades europeias no âmbito da venda ao Lone Star, mas foi antecipado para este ano.

O Novo Banco terminou setembro de 2017 com um total de 449 agências, depois de terem encerrado 58 nos primeiros nove meses do ano. Naquela data, trabalhavam na instituição 5.297 funcionários, de acordo com as últimas contas trimestrais. Ainda não são conhecidos os resultados anuais, mas a instituição deverá apresentar prejuízos recorde, superiores a mil milhões de euros.

O banco liderado por António Ramalho pode ainda ter de encerrar mais balcões (até 120), bem como despedir mais funcionários (1.100), se tiver de recorrer a uma nova injeção de capitais públicos. Foi isso que ficou acordado entre o Governo e a Comissão Europeia, que consta do documento em que Bruxelas fundamenta a aprovação da venda de 75% do Novo Banco ao fundo Lone Star.

Neste documento, a Comissão Europeia fez uma avaliação muito pessimista quanto à viabilidade do banco português. E lançou várias críticas àquilo que tem sido o trabalho realizado na instituição após a medida de resolução aplicada em agosto de 2014, já com o banco sob comando do Banco de Portugal, segundo um documento divulgado recentemente.

Em concreto, Bruxelas identificou problemas na concessão de empréstimos sem a devida análise de risco ou cash flow. Encontrou casos que foi “concedido crédito por favor”. E fala mesmo em manutenção de algumas práticas que levaram à falência do BES.

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