Juros a dez anos renova mínimos de dois meses com manutenção do rating da S&P

Taxa de juro exigida pelos investidores para deter dívida portuguesa a dez anos está a cair ligeiramente. Alívio surge depois de a S&P ter mantido rating de Portugal.

Os juros portugueses continuam a aliviar, renovando mínimos de dois meses depois de a agência Standard & Poor’s ter mantido o rating e as perspetivas de evolução da notação financeira de Portugal no final da semana passada.

Havia uma hipótese de a S&P melhorar a notação da dívida portuguesa num nível, ficando a par da Fitch, mas a agência deixou tudo como estava: o rating “BBB-” e o outlook estável. Apesar disso, os responsáveis deixaram uma nota positiva acerca do desempenho do país nos últimos tempos: a economia dá sinais de crescimento robusto para o futuro, e isto num período em que manterá uma consolidação orçamental e redução da dívida pública favorável.

Neste cenário, a yield implícita nas obrigações a dez anos, a referência no mercado, cai menos de um ponto base para os 1,753%, renovando mínimos de quase dois meses. Também os juros associados às obrigações a cinco anos descem para os 0,741%, num cenário de descidas na maioria dos prazos.

Em contramão, as obrigações a 30 anos (o prazo mais longo a que Portugal emite) têm os juros a aumentar 0,8 pontos para os 2,757%.

Fonte: Reuters

No relatório emitido na semana passada, a S&P explica que poderia “subir o rating de Portugal caso se observasse um progresso mais rápido na desalavancagem externa e na redução da dívida pública do que preveem atualmente”. A agência prevê uma dívida de 122,3% do PIB, em 2018, e de 119,8% no ano seguinte. Só em 2021 a dívida portuguesa deverá atingir os 114,3% do PIB.

Mas há mais fatores que poderiam levar a uma subida da notação. “Poderíamos considerar aumentar os nossos ratings para refletir melhorias potenciais na estabilidade financeira”, diz o mesmo comunicado.

Esta semana Portugal regressa ao mercado de dívida. O IGCP conta emitir esta quarta-feira até 1.250 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses.

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