David Justino: Coligação PSD/CDS para as legislativas “não está fechada”. Depende do “contexto político” do próximo ano
O vice-presidente do PSD disse que uma coligação entre PSD e CDS para as legislativas é uma "questão" que "não está fechada". Críticos de Rui Rio admitem que liderança pode cair antes das eleições.
David Justino, vice-presidente do PSD e líder do conselho estratégico nacional do partido, admitiu que a “questão” da possibilidade de uma coligação com o CDS nas legislativas ainda “não está fechada”. Para o histórico social-democrata, “só o contexto político do próximo ano” poderá “esclarecer” este assunto.
Numa entrevista ao jornal Expresso (acesso pago), o ex-ministro da Educação, questionado sobre a possibilidade de o PSD se coligar à direita para as eleições legislativas, respondeu: “Na minha posição pessoal essa questão não está fechada. Nem deve estar. O que vai acontecer daqui a um ano? O que pode acontecer se tivermos uma alteração profunda do enquadramento da solução governativa? Não sabemos.”
Declarações que surgem no mesmo dia em que o próprio Expresso (acesso pago) avança também que os críticos da presidência de Rui Rio do partido acreditam que o novo líder não chega às legislativas. “É uma hipótese ainda remota, ninguém está a fazer nada por isso, mas há cada vez mais gente a comentar que isso pode acontecer se Rui Rio não arrepiar caminho e as coisas não mudarem até ao verão”, terá dito ao semanário um “influente deputado”.
Em causa, as polémicas que a equipa de Rui Rio tem enfrentado, como as investigações a Salvador Malheiro, Elina Fraga e a Feliciano Barreiras Duarte. Este último acabou por se ver obrigado a deixar o cargo devido a uma polémica relacionada com informações falsas no currículo e recebimento alegadamente indevido de subsídio do Parlamento.
Só o contexto político do próximo ano nos poderá esclarecer [se a coligação com o CDS nas legislativas é para avançar]. Na minha posição pessoal essa questão não está fechada.
“Há uma coincidência enorme no escrutínio que está a ser feito à direção do PSD”
O PSD de Rui Rio tem vindo a insistir na tese de que estes casos têm surgido por influência de um suposto “submundo” dentro do próprio partido, nomeadamente a ala mais crítica de Rui Rio. É por isso que, apesar dos três casos já conhecidos, o partido admite que venham a surgir mais.
Na entrevista, David Justino insistiu também nesta tese. “Eu próprio fui alvo de denúncia anónima logo a seguir ao congresso [do PSD]. Um jornalista contactou-me, expliquei o que havia a explicar, ficou esclarecido. Mas há outras denúncias anónimas sobre membros da Comissão Política”, admitiu o vice-presidente social-democrata.
Por isso, notou: “Há uma coincidência enorme no escrutínio que está a ser feito à direção do PSD”.
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