Lisbon Challenge 2018 arranca, cada vez mais “deep tech”
Startups que participam no programa promovido pela Beta-i arrancam com investimento de 10 mil euros em troca de 1,5% do seu capital. Candidaturas à edição de 2018 vieram de 45 países.
Três meses, 10 mil euros, oito startups. Arranca esta segunda-feira mais uma edição do Lisbon Challenge, um programa internacional de aceleração de três meses para startups ambiciosas de base tecnológica. No arranque, as startups selecionadas têm garantido um investimento de 10 mil euros em troca de 1,5% do seu capital, “para poderem estar completamente focadas no desenvolvimento do produto, sem preocupações financeiras”, explica a Beta-i em comunicado.
O montante investido é assegurado pela LC Ventures, sociedade de capital de risco associada à Beta-i (co-financiada pelo Fundo de Capital e Quase Capital, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER).
A edição de 2018 recebeu 209 candidaturas, 82% das quais internacionais, vindas de 45 países diferentes. No entanto, entre as startups selecionadas há apenas dois projetos internacionais.
- Gofact (Portugal): faturação, despesas e contas bancárias, tudo numa única plataforma.
- Honest Make (Espanha): plataforma SaaS que permite aos retalhistas mostrar e vender os seus produtos através de um canal de conversação com os clientes finais.
- Predict Churn (Portugal): plataforma analítica que antecipa a possibilidade de cancelamento de serviços de subscrição e fidelização.
- SCUBIC (Portugal): apoio à gestão de energia para utilities de água.
- Shareacar (Portugal): comunidade peer to peer de aluguer de automóveis, uma espécie de Airbnb para carros.
- Social Grid (Portugal): um marketplace que ajuda marcas e agências a encontrar e gerir os influenciadores digitais certos, e à escala certa.
- Triad Health AI (EUA/Portugal): plataforma para exercício, monitorização de saúde e atividades e rotinas diárias.
- Wall-i (Portugal): solução web para ajudar gestores de marketing a gerir campanhas digitais com audiências reais e métricas inteligentes.
“O Lisbon Challenge é um programa de aceleração de startups, baseado em Lisboa, e que tem como objetivo capacitar as empresas com as ferramentas ideais para competir no mercado digital global. Este ano, o foco está mais na mais deep tech, uma vez que temos um lote mais maduro de candidatos, que nos permite olhar para questões mais complexas e impactantes, como a inteligência artificial. O programa migrou de um formato non-equity, sem qualquer tomada de participações ou investimento, para um acelerador associado a um fundo de investimento, e isso também guia muito a nossa estratégia de seleção”, explica Pedro Rocha Vieira, CEO da Beta-i.
O programa de aceleração que agora começa tem a duração de dez semanas e está dividido em quatro fases:
- Validação
- Produto
- Crescimento
- Investimento.
O demo day, dia em que as equipas fazem a apresentação dos seus projetos, está marcado para 4 de maio e o dia 6 de junho está reservado para o pitch a investidores. A grande final do programa, que conta com o apoio da Microsoft, está marcada para 15 de junho. Considerado o 2º acelerador mais dinâmico da Europa pela Fundacity, o Lisbon Challenge arrancou em 2013 e contou, em sete edições, com a participação de 200 startups de 28 países diferentes. As equipas que passaram pelo programa somam, de acordo com a Beta-i, cerca de 65 milhões de euros de investimento total (das 175 startups ‘Alumni’, 40% recebeu investimento, sendo que quatro delas entraram no YCombinator, 4 no TechStars e 2 no Seedcamp).
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