Lesados do Banif questionam disponibilidade de Centeno para acudir Montepio
Os lesados do Banif estranham a disponibilidade do ministro das Finanças, Mário Centeno, em acudir a Associação Mutualista Montepio Geral se for necessário quando não hesitou em liquidar o Banif.
Os lesados do Banif estranham a disponibilidade do ministro das Finanças, Mário Centeno, em acudir a Associação Mutualista Montepio Geral se for necessário, quando há três anos não hesitou em aplicar uma medida de resolução ao banco, “lançando na miséria largos milhares de pequenos obrigacionistas não qualificados”.
Esta semana, Centeno disse ao Jornal de Negócios que “o garante último da estabilidade financeira é o Governo, e dentro do Governo o ministro das Finanças” e, portanto, tem de haver disponibilidade para ajudar a Associação Mutualista, caso seja necessário.
A Alboa, a associação dos lesados do Banif, “estranha as intenções expressas do ministro das Finanças, no sentido de o Governo poder vir a ajudar o Montepio Geral quando há três anos não houve hesitação em decretar a resolução do Banif, isto numa altura em que aquele banco era já pertença do Estado, lançando na miséria largos milhares de pequenos obrigacionistas não qualificados”.
Em comunicado, a Alboa diz que “não pode deixar de exigir, face a tão gritante situação de dois pesos e duas medidas, que o senhor ministro das Finanças, Dr. Mário Centeno, esclareça publicamente as declarações que fez revelando a intenção do Governo de intervir para ajudar o Montepio Geral antes do mesmo Governo promover o justo solucionamento dos lesados do Banif, pondo assim em causa a credibilização nacional e internacional do sistema financeiro e bancário português”.
A Alboa estranha as intenções expressas do ministro das Finanças, no sentido de o Governo poder vir a ajudar o Montepio Geral quando há três anos não houve hesitação em decretar a resolução do Banif, isto numa altura em que aquele banco era já pertença do Estado, lançando na miséria largos milhares de pequenos obrigacionistas não qualificados.
“Segundo vários círculos financeiros, o Banif não estaria sequer em situação de falência” quando lhe foi aplicada a medida de resolução, sublinha a associação, lembrando que quando a instituição estava já nacionalizada, “uma agressiva ofensiva comercial conseguiu fazer transferir as poupanças de largos milhares de pequenos aforradores (muitos deles emigrantes) para obrigações do Banif”.
“Essas obrigações, que não foram acauteladas no decreto de resolução e simultânea venda, em condições particularmente vantajosas, dos ativos bons do Banif ao Santander, criou o numeroso grupo dos lesados daquele banco, na sua grande maioria de idade avançada, financeiramente iliterados e de baixa condição económica“, diz a Alboa.
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