MNE já deu ‘agrément’ ao novo embaixador de Angola
O MNE "já tinha conhecimento de que o Governo angolano iria proceder à exoneração do Embaixador José Marcos Barrica, visto ter sido já concedido agrément à nomeação do seu sucessor", confirmou o ECO.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros foi informado em antecipação que Angola pretendia exonerar o seu embaixador em Lisboa, confirmou ao ECO fonte oficial das Necessidades. Inclusivamente, já foi “concedido agrément à nomeação do seu sucessor“, acrescentou a mesma fonte.
A Casa Civil do Presidente angolano, João Lourenço, emitiu uma nota onde se lê que o embaixador angolano em Lisboa, José Marcos Barrica, “havia sido nomeado para as funções, que agora cessam, em abril de 2009”.
A exoneração de José Marcos Barrica do cargo de embaixador extraordinário e plenipotenciário da República de Angola em Lisboa, foi avançada pela agência de notícias angolana. E segundo a Angop, ainda não há nomes oficiais para o substituir. Contudo, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou ao ECO que o MNE já concedeu o “agrément à nomeação do seu sucessor”
“O Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha conhecimento de que o Governo angolano iria proceder à exoneração do Embaixador José Marcos Barrica, visto ter sido já concedido agrément à nomeação do seu sucessor”, disse, ao ECO, fonte oficial do gabinete de Augusto Santos Silva sem, no entanto, confirmar o nome do diplomata a quem foi dado o agrément. Contudo, recorde-se que, em janeiro, o Público (acesso condicionado) tinha avançado que Carlos Alberto Fonseca deveria ser o novo embaixador angolano em Portugal.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha conhecimento de que o Governo angolano iria proceder à exoneração do Embaixador José Marcos Barrica, visto ter sido já concedido agrément à nomeação do seu sucessor.
A saída de José Marcos Barrica, antigo ministro da Juventude e dos Desportos, de 56 anos, acontece numa altura de tensão nas relações entre Angola e Portugal, devido ao processo Fizz, que está a julgar, em Lisboa, o ex-vice-Presidente da República angolana, Manuel Vicente. O MNE não respondeu ao ECO se esta mudança diplomática estava relacionada com esta tensão latente. Em janeiro, o Presidente angolano, João Lourenço, afirmou que as relações entre Portugal e Angola vão “depender muito” da resolução do processo de Manuel Vicente e classificou a atitude da Justiça portuguesa como “uma ofensa” para o seu país.
“Lamentavelmente [Portugal] não satisfez o nosso pedido, alegando que não confia na Justiça angolana. Consideramos isso uma ofensa, não aceitamos esse tipo de tratamento e por essa razão mantemos a nossa posição“, enfatizou João Lourenço. Para a defesa do ex-governante angolano, as questões relacionadas com Manuel Vicente deviam ser analisadas pela justiça angolana, apontando mecanismos previstos no Direito Internacional e nos Direitos internos em matéria de cooperação judiciária.
Por outro lado, o Chefe de Estado angolano nomeou o general António Egídio de Sousa Santos para Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, substituindo no cargo Geraldo Sachipengo Nunda, exonerado também por sua decisão.
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