Saúde: Após greve, mais de 20 mil pessoas passam às 35 horas

  • Lusa e ECO
  • 4 Maio 2018

O Governo chegou hoje a um acordo que vai permitir aos trabalhadores da saúde com contrato individual aceder às carreiras, com contabilização do tempo de trabalho, e trabalhar 35 horas semanais.

O Governo chegou hoje a acordo com os sindicatos que representam os trabalhadores de saúde das carreiras gerais, anunciou hoje à Lusa o ministro da Saúde. O acordo acontece um dia depois de os trabalhadores da saúde, com exceção dos médicos e dos enfermeiros, terem realizado uma greve de dois dias esta semana.

Em causa a reivindicação da aplicação do regime de 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores, além de progressões na carreira e o pagamento de horas extraordinárias vencidas e não liquidadas. “É um dos acordos mais relevantes, inédito e histórico no setor da saúde”, disse o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

“Chegamos a um acordo importante ao fim de sete anos de negociação que contempla as 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores a partir de janeiro e o direito à carreira e nela progredir”, uma vez que estes trabalhadores não tinham carreira, explicou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), José Abraão em declarações prestadas à Lusa.

O dirigente sindical adiantou também que foi aberta pelo Governo uma “janela de oportunidade” para negociar que permitiu chegar a “este entendimento que vai beneficiar cerca de 20 mil trabalhadores” e “põe termo” a muitos anos de “discriminação e injustiças”.

O acordo hoje alcançado, numa reunião entre os sindicatos e a secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, afasta a possibilidade de os trabalhadores da saúde voltarem a fazer greve ainda este mês como tinham anunciado na quinta-feira os sindicalistas.

A adesão à greve dos trabalhadores do setor público da saúde rondou os 80%, tendo fechado blocos operatórios, centros de saúde e serviços e afetando o normal funcionamento das urgências e consultas, segundo o sindicato.

“Foi uma luta que valeu a pena porque o importante era que estes trabalhadores tivessem os mesmos direitos que os outros”, concluiu José Abraão.

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