Caso Pinho: Impunha-se “aclarar o nosso posicionamento”
Com as questões em torno do caso Manuel Pinho, ocorreu um "adensamento das circunstâncias que penalizam a confiança na política", defendeu o presidente do PS esta terça-feira.
O presidente do PS entende que partido tinha de clarificar a sua posição sobre as suspeitas que envolvem antigos governantes, depois do caso Manuel Pinho. E outros dirigentes concordaram com o mesmo entendimento, afirmou Carlos César na edição da Noite da SIC Notícias, esta terça-feira.
“Com as questões que surgiram com o ministro Manuel Pinho”, ocorreu um “adensamento das circunstâncias que penalizam a confiança na política” e “impunha-se da parte do Partido Socialista, e essa foi a minha avaliação, aclarar o nosso posicionamento sobre estas matérias”, disse Carlos César.
Recorde-se que o responsável disse a semana passada que o partido se sente envergonhado com as acusações que recaem sobre Manuel Pinho, ex-ministro da Economia de José Sócrates. “A confirmar-se é uma situação incompreensível e lamentável”, disse o líder da bancada socialista, à TSF. “O Partido Socialista sente-se, como todos os partidos, a confirmar-se, envergonhado, mas não tem nenhuma razão para, em relação ao ex-ministro Manuel Pinho, não avaliar da mesma forma o que está a acontecer com ele como avaliou os casos de vários ministros e responsáveis de outros partidos políticos que, na banca ou na política tiveram comportamentos desviantes, irregulares ou mesmo até de alçada criminal”, disse.
No dia seguinte foi a vez de João Galamba dizer que suspeitas sobre Pinho e Sócrates envergonham qualquer socialista e que o partido “sempre esteve incomodado” com as suspeitas que recaem sobre os ex-governantes. E já em contagem decrescente para o congresso socialista, António Costa, a partir do Canadá, onde se encontrava em visita oficial, frisou que, em Portugal, ninguém está acima da lei e que, “a confirmarem-se” as suspeitas de corrupção nas políticas de energia por membros do Governo de José Sócrates, serão “uma desonra par a democracia”.
Questionado sobre se admitia uma estratégia para dar resposta a essa perceção, o líder parlamentar do PS adiantou: “Foi por isso que o fiz, não fiz declarações levianas, pensei no que estava a fazer e achei que era isso que era necessário ser feito”. “E as restantes pessoas tiveram o mesmo entendimento”, acrescentou ainda.
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