Menos ganhos com venda de imóveis fazem recuar lucros da Sonae Sierra

Os lucros da Sonae Sierra caíram 3% no primeiro trimestre do ano. Cifraram-se em 15,3 milhões de euros.

A Sonae Sierra fechou os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 15,3 milhões de euros, uma descida de 3%, ou menos 600 mil euros do que o registado em igual período do ano anterior, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercados dos Valores Mobiliários (CMVM). A empresa liderada por Fernando Guedes de Oliveira imputa este decréscimo aos “menores ganhos realizados com vendas de propriedades”.

O resultado indireto foi negativo em 1,6 milhões de euros, 2,4 milhões de euros abaixo do ano passado, o que se deve “essencialmente à diminuição de ganhos realizados com vendas de propriedades”. A Sonae Sierra adianta mesmo que os “ganhos registados em 2017 correspondem a um ajuste de preço no Le Terrazze, em Itália”.

Por seu turno, o resultado direto cifrou-se nos 17 milhões de euros, um crescimento de 12,6% face ao período homólogo de 2017. Um valor que adianta a empresa em comunicado é reflexo “do maior EBIT e dos melhores resultados financeiros”.

o EBIT atingiu os 27 milhões de euros, o que representa um crescimento de 8% face a igual período do ano anterior.

A dona do Colombo e do NorteShoping refere que “em termos operacionais, as vendas dos lojistas registaram um crescimento global de 5,2% (excluindo variação cambial) e 5,7% no portefólio europeu, em comparação com igual período de 2017, destacando-se um crescimento de 4,8% em Portugal, beneficiando da antecipação do período de Páscoa bem como da contínua recuperação económica, e 17,6% em Espanha, influenciado pela aquisição do Centro Comercial Área Sur em junho de 2017. Na Roménia, as vendas dos lojistas cresceram 6,4% em termos absolutos, devido ao sucesso continuado do Park Lake. No Brasil, as vendas dos lojistas cresceram de forma acentuada, tendo aumentado 4,8%”.

77 novos contratos

Mantendo uma estratégia de reciclagem de capital, desenvolvimento e crescimento da prestação de serviços, o NAV (Net Asset Value) da empresa permaneceu a 31 de março de 2018 nos 1,4 mil milhões de euros, em linha com o registado no final de 2017 “dado que o contributo do resultado líquido do período foi parcialmente absorvido pelo impacto adverso da desvalorização do real brasileiro nas reservas”.

Na área de prestação de serviços, nos três primeiros meses do ano, a Sierra assinou um total de 77 novos contratos, num total de 5,2 milhões de euros.

No que respeita a financiamento, a empresa diz que “continua a beneficiar de bom acesso a financiamento”, o que justifica com o refinanciamento do empréstimo obrigacionista e a dívida de vários centros comerciais num total de 475 milhões de euros.

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