Lucros da Sonae Indústria deslizam. Cambial penaliza
A Sonae Indústria registou uma quebra nos lucros de 40,8%, penalizada pelas variações cambiais. O resultados líquidos cifraram-se em 3,8 milhões de euros.
A Sonae Indústria fechou o primeiro trimestre do ano com lucros de 3,8 milhões de euros, uma descida de 40,8% face a igual período do ano anterior, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa liderada por Paulo Azevedo imputa estes resultados sobretudo “pela redução no EBITDA dos negócios integralmente detidos”.
Ainda assim, em comunicado, o chairman da Sonae Indústria destaca que “durante o primeiro trimestre de 2018, a Sonae Indústria atingiu mais uma vez resultados líquidos positivos”.
Este resultado inclui a contribuição da Sonae Arauco, criada em maio de 2016, em parceria com os chilenos da Arauco e que é detida em partes iguais pelos chilenos e pela Sonae Indústria. A Sonae Arauco foi constituída para operar nos mercados europeu e na África do Sul, no negócios dos painéis derivados de madeira.
Considerando a participação da Arauco, o volume de negócios proporcional fixou-se nos três primeiros meses do ano nos 153 milhões de euros, menos 11,2 milhões de euros do que em igual período do ano anterior. A Sonae Indústria justifica esta quebra nas vendas com o facto “das duas fábricas da Sonae Arauco em Portugal, que foram atingidas pelos incêndios florestais em outubro de 2017 terem retomado gradualmente a produção nos primeiros quatro meses de 2018 (e o montante do seguro relacionado com lucros cessantes não foi contabilizado no volume de negócios) e por outro, devido à menor contribuição dos negócios integralmente detidos pela Sonae Indústria, explicado pelas variações cambiais desfavoráveis”.
Já o EBITDA recorrente proporcional foi de 18,7 milhões de euros, que compara com 22 milhões de euros. A dívida proporcional é de 320 milhões de euros, menos 5 milhões de euros do que em igual período do ano anterior.
Nos resultados contabilísticos, a Sonae Indústria teve um volume de negócios consolidado para o período em causa registou 54,3 milhões de euros, uma redução de 8,8% ou 5,2 milhões de euros. Uma redução que a empresa justifica com o “efeito cambial desfavorável de 5 milhões de euros que resulta da depreciação do dólar canadiano face ao euro”. A Sonae Indústria explica ainda que face ao último trimestre do ano, o volume de negócios consolidado cresceu 2,1 milhões de euros devido ao bom comportamento dos negócios da América do Norte e de Laminados e Componentes.
O EBITDA recorrente cifrou-se no primeiro trimestre do ano nos 5,8 milhões de euros, uma queda de 40,2% face ao período homólogo. Na base deste queda está, adianta a empresa, a diminuição do volume de negócios, que “foi apenas parcialmente compensada por uma redução de 2,1 milhões de euros nos custos variáveis e, por um aumento de cerca de 0,4 milhões de euros nos custos fixos”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Lucros da Sonae Indústria deslizam. Cambial penaliza
{{ noCommentsLabel }}