CDS quer transformar antigos hospitais de Lisboa em habitação com renda acessível
Os hospitais Miguel Bombarda e Desterro já deixaram de funcionar. São José, Santa Marta e Capuchos deixarão de funcionar até 2022. O CDS quer transformar os edifícios em habitação.
O CDS-PP leva esta quinta-feira, à Assembleia da da República, uma proposta para que os edifícios dos antigos hospitais da colina de Santana sejam transformados em habitação com rendas acessíveis. A notícia é avançada pelo Público (acesso condicionado), numa entrevista ao vereador do CDS João Gonçalves Pereira.
Em causa estão os hospitais Miguel Bombarda, Desterro, São José, Santa Marta e Capuchos. Os dois primeiros já estão desativados e outros três irão encerrar em breve, ou ficar sem grande parte dos serviços que têm hoje, com a abertura de um novo hospital em Chelas. Assim, acredita o partido, cria-se “uma oportunidade única para intervir de forma integrada e sistemática sobre esta zona da cidade”, cita o Público.
Todos estes edifícios pertencem à Estamo, a imobiliária do Estado a quem o próprio Estado vendeu os edifícios, pelos quais paga renda. A moção do CDS prevê que a autarquia assine um protocolo com a Estamo “com vista à reabilitação e reconversão dos edifícios hospitalares desocupados e a desocupar” e “à sua posterior afetação a um programa de arrendamento habitacional a preços moderados“. Ao mesmo tempo, o CDS propõe que o protocolo estabelecido contemple a existência de escolas e cuidados de saúde.
“Para a promoção da oferta de habitação onde o mercado não chega, nomeadamente para os jovens e a classe média, numa zona central e de grande acessibilidade a transporte público, devem ser criadas condições para a oferta de habitação, a preços moderados, pelo que, na necessária reabilitação dos edifícios da Colina de Santana, tal deve ser levado em linha de conta, criando condições para o feito”, escreve o CDS na proposta entregue ao Parlamento, que será discutida esta tarde em plenário.
O novo Hospital de Lisboa Oriental será inaugurado em 2022 e, para já, não há planos para o futuro da colina de Santana. O Público escreve que a hipótese de demolir os edifícios estará afastada, mas ainda não está definida qual será a utilização a dar aos antigos hospitais.
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