Pedro Nuno levanta congresso do PS
Apontado como potencial sucessor de Costa no PS, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares avisou que o partido não conseguirá uma maioria se deixar de falar para os trabalhadores mal pagos.
Pedro Nuno Santos defendeu este sábado no Congresso do PS que o partido não conseguirá uma maioria se deixar de falar para os trabalhadores com salários mais baixos, por serem estes que estão na origem da formação dos partidos socialistas. No final da sua intervenção, o congresso levantou-se para o aplaudir de pé, o que até agora apenas tinha acontecido com Costa e Ferro.
“O PS só garantirá uma maioria se não deixar de falar para este povo”, disse o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, responsável pela coordenação com os parceiros da geringonça, que tem protagonizado com Augusto Santos Silva um debate ideológico dentro do partido. Antes, Pedro Nuno Santos tinha explicado que foram os trabalhadores mal pagos que deram origem aos partidos socialistas na Europa.
O governante, que tem sido apontado como possível sucessor de António Costa na liderança do PS, deixou ainda um aviso sobre o caminho que o partido deve seguir nos próximos tempos. “Os partidos socialistas não foram criados para representar elites“, afirmou, alertando para o erro que será se o partido achar que “pode apenas dirigir o seu discurso para os setores mais dinâmicos da economia”.
Pedro Nuno Santos argumentou que este é o espaço do PS também porque este é um território onde o PSD e o CDS não entram. “Não contamos com o PSD e o CDS para proteger os trabalhadores”, afirmou, acrescentado que também “não é com o PSD e com o CDS que vamos proteger o sistema público de pensões”.
"Não contamos com o PSD e o CDS para proteger os trabalhadores.”
Por isso, defendeu o papel do Estado para resolver os problemas da sociedade, ao contrário do que diz defenderem PSD e CDS que apostam no “individualismo”.
Em jeito de resposta a quem o acusa de estar a colocar o PS mais à esquerda, Pedro Nuno Santos responde: “Isto não é radicalismo, não é populismo. Isto é ser socialista”.
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