António Costa: Gestão da dívida deu a Portugal “tranquilidade” para enfrentar mercados
Primeiro-ministro considera que Portugal está protegido de um eventual choque que resulte da crise italiana. Diz que a gestão prudente feita na dívida permite enfrentar com tranquilidade os mercados.
António Costa não se mostra preocupado com um eventual choque que possa resultar da atual crise política em Itália que tem ditado fortes perdas bolsistas e um agravamento das yields da dívida. Em entrevista ao Público (acesso condicionado), o primeiro-ministro português defende que a a “gestão prudente” da colocação de dívida pública portuguesa, permite a Portugal enfrentar a instabilidade dos mercados com “tranquilidade”.
Numa entrevista no âmbito da visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal esta quarta-feira, António Costa começa por dizer que “a situação política italiana revela os custos do adiamento da conclusão da UEM e as fragilidades a que a Zona Euro se expõe. Mas logo de seguida defende o trabalho feito por Portugal no que respeita às finanças públicas portugueses e à gestão das colocações de dívida.
“Felizmente, o caminho feito nestes dois anos nas finanças públicas portuguesas – crescimento económico, redução do défice e da dívida, saída do Procedimento de Défice Excessivo, subida dos ratings – e a gestão prudente que foi feita na colocação da dívida pública, permite enfrentar este movimento dos mercados com toda a tranquilidade“, diz António Costa ao Público.
Relativamente à vista de Angela Merkel a Portugal, o primeiro-ministro enquadra-a num contexto de “novo relacionamento económico entre os dois países”, salientando o facto de a Alemanha ser não só um dos principais clientes do país, como o “principal investidor produtivo externo”. António Costa considera ainda que a visita da chanceler alemã poderá ser uma oportunidade de ajudar a “construir consensos” que permitam à União Europeia superar alguns desafios como a política de migrações e a conclusão da União Económica e Monetária.
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