Deixe-me passar o PIB… Perdão, o T-Roc
O T-Roc pode ser um SUV pequeno, mas é uma grande aposta da Volkswagen. Com um desenho arrojado, tem argumentos para fazer frente à concorrência. Ou mesmo passar à frente, dando boleia ao PIB.
O Touareg é gigante. E o Tiguan, apesar de bem mais compacto, continua a ser grande para o dia a dia. Para dar resposta a um segmento em forte crescimento, a Volkswagen apostou forte noutro T… O T-Roc é não só o mais pequeno dos SUV da fabricante alemã, mas também o mais rebelde. O desenho arrojado combina na perfeição com a sensação de condução de um modelo que merece um especial carinho por parte dos portugueses.
Dizer que é um automóvel pequeno… só mesmo por comparação com os restantes modelos da VW, já que o T-Roc, apesar de compacto, tem presença. Se visto de frente pouco se diferencia do que a marca já habitou os clientes, compensa com uma lateral musculada, marcada pelas grandes cavas das rodas que lhe dá aquele look aventureiro que quem conduz este tipo de modelos tanto procura.
Esteticamente tem argumentos mais do que suficientes para ter uma palavra a dizer num segmento que cada vez conta com mais concorrentes. E se as linhas não chegam, há sempre a possibilidade de jogar com a multiplicidade de combinações de cores da carroçaria (há 11, no total)… mais quatro só para o tejadilho. Essa mesma personalização é possível no interior, aproximando o T-Roc do público mais jovem.
Apostar nos jovens. É tudo personalizável
Foi a pensar em condutores de mais tenra idade que além das cores que se escolhem para o SUV, a marca alemã acrescentou muitas outras que emanam dos ecrãs. Sim, plural. Há um ecrã no centro do tablier que como é tradicional agrega desde o rádio ao GPS, sem esquecer, claro, a informação do veículo, mas principalmente as aplicações, sejam as da marca, sejam as que já tem no smartphone que pode ser conectado ao T-Roc.
Mas além deste, há ainda um outro ecrã mesmo em frente do condutor. E se em termos de materiais a concorrência consegue apresentar uma qualidade por vezes superior — há plásticos que podiam ser melhores –, nenhuma outra marca oferece, nesta gama, um painel de instrumentos digital. O Active Info Display brilha por detrás do volante, apresentando desde informações básicas de velocidade até aos consumos. Ou mesmo só a navegação, para não ter de tirar os olhos da estrada.
Motores que levam a economia a reboque
Há vários motores com que se pode acelerar ao volante do T-Roc. Os diesel (há um 1.6 e um 2.0 TDI) continuam a ser opção para muitos, mas a gasolina tem vindo a ganhar força. Especialmente com motores cada vez mais pequenos, sobrealimentados, que garantem ser despachados em qualquer situação. Para o T-Roc, a VW trouxe o pequeno 1.0 e o novíssimo 1.5 TSI.
O mais pequeno de todos tem apenas três cilindros. No entanto, há 115 cv debaixo do capot capazes de deixarem outros condutores parados no sinal quando o vermelho passa para verde. Mas o 1.5 de 150 cv tem, claramente, mais alma. Isso mesmo vê-se nas recuperações rápidas que permite fazer mesmo a velocidades mais elevadas. A resposta é convincente. E muitas vezes dá vontade de dizer: “Deixem passar…” o T-Roc, modelo fabricado em Palmela que leva atrás o PIB.
O contributo deste modelo para o país é expressivo, o que contrasta com os consumos… e com o preço. São ambos os motores bastante comedidos (o 1.5 tem um truque: quando não se abusa do pedal, só dois dos quatro cilindros é que ficam a trabalhar), conseguindo-se médias na casa dos 6 a 7 litros aos 100 km, sendo que para os comprar são precisos entre 25 e pouco mais de 30 mil euros, respetivamente.
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