MEE aponta redução da dívida como principal desafio de Portugal

  • Lusa
  • 21 Junho 2018

O Mecanismo Europeu de Estabilidade considera que Portugal ainda enfrenta desafios ao nível da evolução da dívida. Recomenda políticas orçamentais prudentes e reformas estruturais.

O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) considera que Portugal ainda enfrenta desafios ao nível da evolução da dívida e recomenda políticas orçamentais prudentes e a prossecução de reformas estruturais para prevenir problemas em caso de eventuais choques na economia.

A análise do fundo de resgate permanente da Zona Euro consta do seu relatório anual de 2017, hoje adotado no Luxemburgo pelo Conselho de Governadores, presidido por Mário Centeno, que à tarde presidirá a uma reunião do fórum de ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo).

No capítulo dedicado a Portugal, o documento do MEE começa por salientar que a atividade económica acelerou em 2017, sobretudo devido a um forte consumo e ao crescimento do investimento, mas adverte desde logo que, apesar do bom desempenho orçamental, “políticas orçamentais prudentes devem continuar a empurrar o elevado nível de dívida para uma trajetória permanentemente descendente”.

"Políticas orçamentais prudentes serão importantes para assegurar o declínio contínuo da dívida pública.”

Mecanismo Europeu de Estabilidade

Segundo a instituição liderada por Klaus Regling, o sistema de alerta rápido não sugere nenhum risco imediato em termos da capacidade de Portugal de cumprir as suas obrigações, mas o país enfrenta ainda desafios ao nível de redução da dívida, alertando o MEE que “um crescimento mais fraco, um esgotamento da consolidação orçamental ou uma subida das taxas de juro” poderiam colocar em causa a redução do rácio da dívida com previsto no horizonte de curto a médio prazo.

“A este respeito, políticas orçamentais prudentes serão importantes para assegurar o declínio contínuo da dívida pública”, defende o Mecanismo Europeu de Estabilidade.

O MEE alerta ainda que, “embora a saúde do sistema bancário em Portugal tenha melhorado e demonstrado um claro progresso, subsistem vulnerabilidade devido à reduzida rentabilidade e níveis elevados de crédito malparado”.

Outros alertas deixados pela instituição neste seu relatório anual prendem-se com a necessidade de “monitorizar de perto a subida dos preços da habitação”, e de prosseguir os esforços de reformas estruturais com vista a apoiar o investimento e a produtividade, de modo a que Portugal garanta a sua fatia no mercado de exportações.

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