96% dos professores querem totalidade do tempo de serviço

  • Marta Santos Silva
  • 5 Julho 2018

"Os professores estão com os seus sindicatos", afirmou Mário Nogueira, da Fenprof, acompanhado dos representantes de outros nove sindicatos. Greve mantém-se até encontro com o Governo.

A plataforma de dez sindicatos de professores que tem promovido a greve às reuniões de avaliação anunciou esta quinta-feira que mais de 96% dos docentes não abdica da recuperação da totalidade do tempo de serviço cumprido durante o período de congelamento das carreiras para efeitos de progressão.

Numa conferência de imprensa transmitida pela SIC Notícias, Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, ladeado pelos líderes das restantes plataformas sindicais, anunciou que o referendo realizado junto dos docentes mostra que “os professores estão com os seus sindicatos”, acrescentando que a greve continuará até à próxima quarta-feira, 11 de julho, altura em que o Governo reabre as negociações com uma reunião no Ministério da Educação.

No entanto, a reabertura das conversas já começou de forma que os sindicatos de professores consideram negativa, já que o Governo reafirmou que estará disposto a recuperar dois anos, nove meses e 18 dias de trabalho durante o período de congelamento, que dizem ser o correspondente à progressão na carreira que foi recuperado para os trabalhadores das carreiras gerais. Os professores rejeitam essa equivalência, afirmando que não abdicam dos nove anos, quatro meses e dois dias que totalizam o congelamento.

O mesmo referendo mostrou que 68% dos professores favoreceria uma suspensão da greve às reuniões de avaliação se o Ministério reabrisse as negociações, mas este foi realizado antes da convocatória do Governo para reunir no próximo dia 11. Os sindicatos decidiram manter a greve até ao dia da reunião.

“Uma greve em que, apesar de terem, para alguns anos de escolaridade, sido convocados serviços mínimos, mesmo assim o número de reuniões não realizadas ontem é superior a 90%“, afirmou o sindicalista Mário Nogueira.

“Os professores estão com os seus sindicatos”, afirmou Mário Nogueira. “Vieram confirmar que estão com os seus sindicatos, que estão com as posições que em negociação os seus sindicatos têm assumido, e que estão com os seus sindicatos naquela que tem sido uma luta fortíssima”, continuou.

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