Energéticas travam ganhos na bolsa de Lisboa

A bolsa nacional entrou na última sessão da semana com ganhos muitos tímidos, apesar de em sintonia com o sentimento das pares europeias. O PSI-20 arrancou a sessão a subir ligeiramente, com o deslize dos títulos do setor energético a impedirem uma valorização mais acentuada.

O índice PSI-20 arrancou a sessão a avançar 0,01%, para os 5.569,66 pontos, mas com a grande maioria dos títulos em alta e as ações da Galp e da EDP Renováveis a travarem o seu rumo.

As ações da Galp seguem a desvalorizar 0,54%, para os 16,705 euros, em contraciclo com as cotações do petróleo nos mercados internacionais. As ações da EDP Renováveis também perdem, mas 0,27% para os 9,145 euros. O título corrige após a subida de 2% da última sessão, onde beneficiou do anúncio na passada quarta-feira da sua entrada num novo mercado, a Grécia, onde ganhou um leilão de energia a iniciar operações dentro de dois anos. Este negócio é bem visto pelos analistas, com o Caixa BI a dizer que este permite à empresa liderada por Manso Neto reforçar presença na Europa.

O avanço do PSI-20 acaba por ser suportado pelo BCP que vê as suas ações somarem 0,42%, para os 26,11 cêntimos. Também os CTT sobressaem pela positiva, com as suas ações a valorizarem 0,82% para 2,946 euros, depois de a empresa liderada por Francisco de Lacerda ter anunciado nesta quinta-feira que a Autoridade da Concorrência arquivou o processo de contraordenação que resulta da queixa apresentada pela distribuidora de publicações VASP.

Contudo, o destaque dos ganhos recai sobre a Ibersol. A cotada do setor da restauração lidera as subidas do índice nacional ao somarem 2,15%, para os 11,9 euros, depois de ter registado um aumento de capital por incorporação de reservas de 30 milhões de euros, para 36 milhões, mediante a emissão de seis milhões de novas ações com um valor unitário de um euro.

As novas ações começam a ser transacionadas a 18 de julho, sendo atribuídas gratuitamente aos acionistas da Ibersol, numa proporção de uma nova ação por cada cinco.

(Notícia atualizada às 8h24 com mais informação)