Chic by Choice avança para liquidação. Marca mantém-se
Na primeira entrevista como CEO da Portugal Ventures, Rita Marques adianta que empresa de aluguer de vestidos avança para liquidação.
A startup portuguesa de aluguer de vestidos de luxo Chic by Choice vai avançar para liquidação, adiantou Rita Marques, CEO da Portugal Ventures, ao ECO. A informação foi entretanto também confirmada por Filipa Neto, cofundadora da startup, ao ECO.
“Estamos a resolver o caso da Chic by Choice como o de outras empresas que estão a passar ou que passaram pelo mesmo. O assunto está a ser tratado fiscalmente, financeiramente e juridicamente, para encerrar a empresa. É esse o desfecho, que para nós é normal, por isso é que é capital de risco”, adiantou Rita Marques, na primeira entrevista que dá enquanto CEO da gestora de capital de risco do Estado. (Leia a entrevista na íntegra, quinta-feira no ECO.)
De acordo com a CEO da Portugal Ventures, há três saídas para as empresas do portefólio da gestora de capital de risco, atualmente 105 startups: “um exit interessante — em que vendemos a nossa participação — liquidação ou insolvência. Quer o exit, quer a liquidação ou a insolvência, são casos que demoram. Na altura acompanhei como outsider mas, quando entrei, verifiquei que temos outras empresas na mesma situação e estamos a tentar resolver”.
Apesar de avançar para liquidação, o ECO sabe que a marca Chic by Choice deverá continuar, ainda que o formato seja, por enquanto, uma incógnita.
Do processo da empresa, que a Portugal Ventures tem acompanhado de perto, Rita Marques sublinha o “discurso muito construtivo por parte dos founders”. “Quando as coisas correm mal e, mais uma vez, por isso é que se chama capital de risco, temos de resolver a situação da melhor forma possível. E é muito bom termos até ao final um discurso profícuo com os founders. Porque, para eles, não deve haver dor maior de que não passar pelo exit e ir para a liquidação ou insolvência”, garante a CEO da Portugal Ventures.
Por questões ligadas ao negócio, a Chic by Choice viu-se obrigada a alterar o business model em meados do ano passado, transformando a plataforma de aluguer de vestidos de luxo num negócio de venda de vestidos. As duas fundadoras, Filipa Neto e Lara Vidreiro, assim como a restante equipa — que chegou a ter 19 pessoas — saíram da empresa no final do ano passado.
Em entrevista ao ECO, em março deste ano, Filipa e Lara contavam detalhes do processo que levou à mudança do modelo de negócio da startup e às alterações na estrutura da empresa, e davam conta de que o negócio poderia ainda continuar, sem que elas estivessem na equação.
“No fim do ano passado, há um momento em que existe uma potencial proposta, conversações, que permitiriam dar continuidade à empresa. E há uma altura em que essa oportunidade — que teria fit, que fazia sentido e para a qual eu ainda me sentia com forças e vontade de continuar e estar envolvida — acaba por não acontecer. Foi nessa altura que tivemos de dar o passo e reconhecer que a empresa ainda podia continuar, mas já não connosco. Portanto nós, pessoalmente, investimos tudo o que pudemos durante vários meses em encontrar soluções das quais nós também fizéssemos parte. Mas há uma altura em que reconhecemos que podemos já não fazer parte da solução”, dizia, na altura, Filipa Neto.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Chic by Choice avança para liquidação. Marca mantém-se
{{ noCommentsLabel }}