A parte mais difícil de conseguir investimento? É, mais ou menos, tudo
Quem já angariou milhões em investimento deixa os seus conselhos a quem ainda não conseguiu fazê-lo.
Quando se está à procura de investimento, qual é a parte mais difícil? Quem já angariou milhões e milhões de dólares diz que é… tudo. E que conselhos deixam a quem ainda está à procura de investimento?
Holly Liu, fundadora da Kabam (empresa que desenvolve jogos mobile para marcas como a Marvel ou o Star Wars, e que já angariou 244 milhões de dólares de nove investidores diferentes), Anoushesh Ansari, chairwoman da Prodea Systems, e Adam Sager, fundador da Canary, uma plataforma de vídeos, estiveram no Web Summit para falar das suas experiências e deixar conselhos a quem os quisesse ouvir.
Aqui ficam os principais.
- Angariem o máximo de capital que conseguirem, quando conseguirem, mesmo que não precisem logo dele. Quando precisarem, não vão conseguir. E não sejam gananciosos ao não querer abdicar de participações nas vossas empresas, ou perderão oportunidades. No fundo, quando os tempos estiverem bons, tratem-nos como se estivessem maus.
- Os investidores são… umas bestas. Não têm tempo e não querem saber de vocês. Não se importem com isso e não tenham medo de falar com ninguém. Peçam cinco minutos do tempo deles. E, quando a resposta for “não” 90% das vezes, não desistam.
- Os investidores estão a pedir muito mais dados do que antes. Se o negócio está a correr bem, não digam apenas que está a correr bem. Estejam preparados para prová-lo.
- Para crescer, precisam de capital. E isso, às vezes, está fora das vossas mãos e significa correr muitos riscos.
- Encontrem os investidores certos, que queiram não só receber retorno, mas crescer convosco.
- Em cada ronda, vão ter de provar coisas diferentes. Numa ronda C, terão de mostrar que têm um grupo de pessoas em quem confiam e que são capazes de levar o negócio mais longe. Numa ronda A, o mais importante é provar que há um mercado que precisa do vosso produto.
- Sejam tão agressivos quanto possível. Se não têm investidores, têm de descobri-los — quem são e onde estão. Se têm acesso a capital da China ou da Europa, usem-no.
- Comecem por ter uma equipa. E não tentem fazer tudo. O maior problema de uma startup é a falta de foco. No início, o mais importante é ter um protótipo para uma base de consumidores, para mostrarem que o produto é possível e tem saída.
- Hoje, é muito fácil construir software. E os investidores esperam que o produto já esteja construído antes de serem abordados. É preciso provar que conseguimos construir o que dizemos que vamos construir. Invistam o vosso tempo a fazer isso.
- Levem um wingman ou wingwoman. Ter ao lado uma pessoa que já conhece o investidor é sempre uma vantagem.
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