Com dois balcões da CGD encerrados, Câmara de Viseu coloca a zeros as contas bancárias que mantinha no banco público

  • ECO
  • 16 Julho 2018

Depois do anúncio do último plano de reestruturação do banco público, que encerrou dois balcões em Viseu, a Câmara Municipal da cidade decidiu retirar todo o dinheiro que tinha nas contas da CGD.

A Câmara Municipal de Viseu decidiu colocar a zero as contas bancárias que mantinha na Caixa Geral de Depósitos (CGD). De acordo com o Jornal do Centro, no início desta semana, a autarquia transferiu o dinheiro que tinha depositado no banco público português para outros bancos. A mudança de instituição bancária acontece depois de Viseu ter vistos os balcões da CGD da Rua Formosa e de Abraveses fechar portas.

“Se a Caixa manteve teimosamente esta decisão, obviamente que a Câmara de Viseu não podia tomar outra atitude que não fosse esta. Dei instruções à contabilidade da autarquia para que colocassem em zero todas as contas que estavam na CGD. Assim aconteceu e também dei instruções para que, inclusive, as transferências dos impostos do Estado e da Direção-Geral da Administração Local passassem a serem distribuídas por outros bancos com que Viseu trabalha”, disse o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, ao jornal regional.

A decisão da autarquia de Viseu acontece pouco tempo depois de ter sido anunciado, no âmbito do último plano de reestruturação da instituição bancária, o encerramento de novas sucursais, depois de ter fechado, no ano anterior, 64 balcões.

Em Viseu, o encerramento do balcão de Abraveses é o mais problemático, uma vez que “não só serve dez mil habitantes da freguesia, como permite, na proximidade, servir uma população global de mais de 21 mil habitantes das freguesias vizinhas e do norte do concelho de Viseu”, disse Almeida Henriques ao ECO, no mês passado.

Almeida Henriques considera que o banco liderado por Paulo Macedo não está a dialogar com as autarquias, a fim de discutir o encerramento dos balcões. “Há aqui duas atividades lamentáveis. Por um lado, é a forma cega como a CGD, que é um banco público, tomou a decisão. Se fosse privado, poderíamos criticar, mas tinham o direito de fazer a opção que bem entendessem dentro das regras que são definidas pelo Banco de Portugal e pelos outros reguladores”, afirmou.

Para já só uma das contas na CGD será mantida, com o objetivo de assegurar as transações que o Estado tenha de fazer pelo próprio banco.

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